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Vacina de Oxford se apresenta segura e eficaz em primeiros testes

De acordo com os primeiros resultados divulgados pela revista Lancet nesta segunda-feira (20), a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, é segura e capaz de desenvolver anticorpos contra o novo coronavírus.

Essa vacina é uma das mais avançadas entre as outras que estão na corrida pela imunização contra o coronavírus e se encontra em fase 3 de testes, a última etapa antes da comercialização.

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O ensaio envolveu 1.077 voluntários saudáveis entre 18 e 55 anos de idade no Reino Unido nos meses de abril e maio. Os participantes foram distribuídos em quatro grupos e acompanhados por 28 dias após a vacinação para a observação de possíveis efeitos colaterais e confirmação da segurança da vacina.

O imunizante aplicado, AZD1222, não provocou efeitos colaterais graves nos grupos e desenvolveu respostas imunes a anticorpos e células T. Os resultados se referem às fases 1 e 2 dos testes. A terceira etapa está sendo testada em 50 mil pessoas, incluindo 5 mil brasileiros.

Normalmente, a vacina levaria 18 meses para ser aprovada, mas os cientistas estão confiantes de que conseguirão encurtar o período para 12 meses se os resultados forem positivos. Isso se deve ao número recorde de testes sendo feitos simultaneamente ao redor do mundo e também por se tratar de uma vacina emergencial.

“Esperamos que isso signifique que o sistema imunológico se lembre do vírus, para que nossa vacina proteja as pessoas por um período prolongado”, disse o principal autor do estudo, Andrew Pollard, da Universidade de Oxford. “No entanto, precisamos de mais pesquisas antes de confirmarmos que a vacina protege efetivamente contra a infecção por SARS-CoV-2 e por quanto tempo dura a proteção”, explicou.

O diretor de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, comemorou, mas ponderou que ainda existem etapas até a imunização chegar ao público.
“Estes são os estudos da fase um, agora precisamos avançar para testes em larga escala no mundo real. Mas é bom ver mais produtos avançando até essa fase importante na descoberta da vacina”, afirmou Ryan.

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