Ícone do site Rápido no Ar

Tragédia controlada: Bombeiros fazem megasimulado de desastres naturais em São Paulo

Fotos: Divulgação/SSP

Ônibus tombado com 20 pessoas no Anhangabaú, desabamento de casas com soterramento de moradores em Guarulhos (SP) e resgate de família ilhada durante enchente em Mairiporã (SP).

Estas são algumas das ocorrências – fictícias – que vão mobilizar bombeiros de todo o estado a partir da próxima terça-feira (12), quando a corporação vai fazer um megasimulado de desastres naturais na capital e região metropolitana.

O objetivo da operação é criar o cenário mais fiel possível de uma catástrofe para preparar as equipes em umas situação real de desastre natural – como o que atingiu a região de São Sebastião em fevereiro deste ano e deixou 65 mortos.

“O simulado vai envolver equipes de atendimento de emergências de todo o Estado, para analisar toda a sua capacidade de resposta para atuação em uma catástrofe e a mobilização e operacionalização em cenários múltiplos e simultâneos”, explica o capitão André Elias dos Santos.

A operação vai simular o cenário de uma catástrofe sem precedentes no estado após ser atingido por um imenso volume de chuvas. Serão criados nove cenários em diferentes pontos da capital e cidades da região metropolitana para que as equipes façam o resgate dos tipos de vítimas mais comuns em casos de chuvas fortes.

O resgate em cada cenário terá um tempo de duração próprio. Com exceção do primeiro (ônibus tombado no Vale do Anhangabaú), todos os outros serão reprisados indefinidamente durante os três dias até que todas as equipes participem.

A simulação não será apenas no local das “tragédias”. O Corpo de Bombeiros vai estabelecer uma sala de Gerenciamento de Crises no Comando da corporação, na Praça Clóvis Beviláqua, 421, a partir do dia 12, assim que o megasimulado começar.

Além disso, haverá um Posto de Comando Avançado na Rua Frederico Alvarenga 341, Parque D. Pedro, para recepcionar as equipes que se vierem do interior do estado. Todas as equipes ficarão mobilizadas durante os três dias, como acontece em uma tragédia real.

Um centro logístico vai controlar e disponibilizar toda a infraestrutura necessária para ocorrências deste tamanho.

“Queremos estar preparados de maneira bem sólida para atender ocorrências que vão sair do nosso controle, do que é uma normalidade no nosso atendimento atual. Ele não vai só preparar os bombeiros, mas também identificar pontos que devem ser melhorados quando o cenário passar da simulação para a realidade”, reforça o capitão.

O megasimulado terá a colaboração da Polícia Militar, GCM e Defesa Civil. Agentes da CET estarão nos locais de simulação para orientar motoristas e minimizar o impacto no trânsito.

“Sabemos que uma operação desta magnitude pode causar algum transtorno na rotina das pessoas. Mas a ideia foi usar um cenário real da cidade, onde uma catástrofe dessa pudesse ser reproduzida com a maior fidelidade possível. A tragédia nunca escolhe lugar, por isso, é importante que as equipes estejam preparadas para atuar em locais complexos, como o centro de São Paulo ou uma torre na Avenida Paulista”, conclui o capitão.

teste
Sair da versão mobile