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SP Sem Fogo: inverno mais seco favorece o aumento de ocorrências de incêndios

Foto: Veloz / Rápido no Ar

A Operação SP Sem Fogo, ação do Governo de São Paulo para prevenir e combater incêndios, alerta para a possibilidade do aumento das queimadas em São Paulo em razão do clima mais seco. Dados do Prognóstico Climático de Inverno 2023, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), mostram que o volume pluviométrico para a região sudeste continua abaixo da média para o período.

As temperaturas em queda e a baixa umidade relativa do ar nos últimos dias no Estado estão entre os fatores que podem aumentar a ocorrência de incêndios florestais. O clima seco resseca as folhas e favorece a propagação de queimadas, que destroem a vegetação e causam a morte de animais silvestres. Além disso, aumentam a poluição do ar, diminuem a fertilidade do solo e oferecem risco de queimaduras, acidentes com vítimas, e problemas de saúde na população.

Hoje, sábado (24), as cidades da região nordeste de São Paulo, como São José do Rio Preto, Ituverava e Franca, têm maior risco de incêndios, de acordo com o mapa do Instituto Nacional de Meteorologia. Na Região Noroeste, o mapa aponta risco alto para Ibitinga, Lins, José Bonifácio, Valparaíso e Dracena. O Índice de Inflamabilidade de Nesterov é usado para calcular essa probabilidade, considerando temperatura, umidade e precipitação das estações meteorológicas. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) monitora essas áreas, utilizando dados do INMET e levantamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que coleta informações via satélite. Os mapas podem ser visualizados no site da Semil.

Causa humana 

De acordo com o Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, divulgado pela Semil, os incêndios florestais em São Paulo são frequentemente causados por atos criminosos relacionados à soltura de balões, utilização inadequada do fogo em atividades agropecuárias e vandalismo. Esses são os principais motivos que contribuem para a ocorrência desses incêndios.

No último ano, mais de 90% dos focos de incêndio foram causados por ações humanas evitáveis, resultando na queima de mais de 7 mil hectares de vegetação. Dentre esses, 738 hectares foram afetados dentro das Unidades de Conservação (UCs), representando uma redução de 79% em comparação a 2021, quando mais de 15 mil hectares de áreas protegidas foram atingidos. Os outros 6.422 hectares foram afetados nas zonas de amortecimento.

Comunicação e prevenção

A participação direta da população também é fundamental para impedir e mitigar a propagação descontrolada de incêndios em áreas verdes durante a estiagem. O Governo de São Paulo está intensificando alertas em áreas com grande circulação de pessoas, como terminais de transporte público, rodovias, unidades do Poupatempo, relógios de rua e pontos de ônibus, além de campanhas em veículos de comunicação e internet.

É importante que a população não queime lixo ou jogue bitucas de cigarro em vias públicas ou terrenos. Quem solta balões comete crime ambiental, com pena de um a três anos de detenção e pagamento de multas. As denúncias podem ser feitas diretamente à Polícia Militar Ambiental ou Corpo de Bombeiros pelos telefones 190 e 193.

SP Sem Fogo

A operação SP Sem Fogo visa, dentre outras ações, diminuir os focos de incêndio no estado, principalmente durante o período mais seco do ano, que vai de junho a outubro. Neste ano o Governo de SP está investindo mais de R$ 97 milhões em aquisição de equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas marginais de rodovias e ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite.

A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta também com ações e  investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

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