A Polícia prendeu na noite desta sexta-feira (6), os pais do menino de 11 anos, que foi resgatado em Itu (SP) com sinais de maus-tratos. O casal foi preso em Uberlândia (MG).
Segundo a Polícia Civil, o homem e a mulher ainda estão na cidade mineira e serão levados para Itu, mas não há uma data para a transferência.
O caso ganhou repercussão após o Conselho Tutelar receber a denúncia de que o menino era torturado e ir até o local para realizar o resgate. O menino foi levado para um abrigo.
De acordo com relato da criança, o pai o obrigava mentir sobre os ferimentos. As agressões estariam acontecendo há cerca de cinco anos. Ele chega a ser enforcado com um fio e o pai teria jogado água de bateria nele, além de bater com um facão.
Na última terça-feira, a Justiça pediu a prisão preventiva do casal, que estava foragido.
FAMÍLIA
Um tio da vítima disse que a família não sabia sobre as agressões que o menino sofria. Alegou também, que está esperando um parecer do Conselho Tutelar, para saber qual será o futuro da criança.
Porém, uma ex-cunhada do pai da criança afirmou, em uma entrevista para a TV Rercord, que a família tinha consciência das agressões sofridas pelo garoto, mas sempre foram omissos. Ela ainda concluiu dizendo que os acusados perderam um terceiro filho que morreu por asfixia.
Segundo ela, o bebê tinha apenas um ano e morreu após a mãe tentar abafar o seu choro com uma fralda de pano.
OAB
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também entrou no caso para saber se não houve negligência por parte do Conselho Tutelar.
Em 2020 teria ocorrido uma denúncia de maus-tratos contra o menino e em 2013 a mãe já teria sido presa, suspeita de matar o filho mais novo, que tinha apenas um ano na época.