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Polícia afirma que menina fez falsa comunicação de estupro para não apanhar de outra garota

A menina de 11 anos que teria sido vítima de um estupro coletivo em Praia Grande, no litoral de São Paulo, apresentou uma outra versão do fato em novo depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). De acordo com a Polícia Civil, ela teria inventado o abuso cometido por diversos homens, para tentar evitar uma briga com uma colega da mesma idade.

No domingo (22), foi registrado um Boletim de Ocorrência que informava que a criança estava em um baile funk na última sexta-feira (20), na Vila Mirim, e teria sido abusada por pelo menos 14 homens, entre jovens e adolescentes.

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A menina ficou dois dias na casa de uma mulher, amiga da família, e no domingo foi levada ao Pronto-Socorro, onde foi constatado um possível abuso sexual.

Os médicos, ao constatarem o caso, acionaram o Conselho Tutelar. A Promotoria da Infância e Juventude também foi acionada para acompanhar o caso.

A Polícia Civil manteve a ocorrência em sigilo e iniciou uma investigação, onde foi constatado que as informações eram conflitantes. Ao conversarem com a menina, ela relatou uma nova versão, afirmando que teria inventado a história do abuso com a intenção de evitar que apanhasse de uma colega da mesma idade.

A reviravolta teve início quando o laudo do Instituto Médico Legal (IML) não atestou o abuso. O delegado titular da cidade, Carlos Henrique Fogolin de Souza, relatou que em novo depoimento a menina inventou a história para evitar que apanhasse de uma amiga.

A hemorragia encontrada pela médica de plantão no Pronto Socorro do Quietude, e mencionada pela Vara da Infância e Juventude da cidade, também foi contestada pelo exame do IML.

A investigação da Polícia Civil também descobriu que naquele dia não teria acontecido uma festa funk no local apontado pela menina.

O Conselho Tutelar, em nota, afirmou que está trabalhando na proteção da criança e que independente do desdobramento do caso, seguirá com o seu papel, que é de proteção da menor.

A ocorrência ainda está sob investigação a cargo da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). Agora a Polícia também passará a apurar a relação da amiga da família, que levou a menina até ao Pronto Socorro.

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