A Polícia Militar (PM) de São Paulo está ampliando o uso de armas de incapacitação neuromuscular, popularmente conhecidas como “armas de choque” ou Tasers, para melhorar a atuação policial em ocorrências complexas. Nesta sexta-feira (27), foram entregues 2,5 mil novas unidades dessas armas a comandantes de unidades policiais de todo o estado em uma cerimônia realizada na Escola de Educação Física da PM.
O uso de armas de incapacitação neuromuscular é essencial para a segurança pública, “gerando avanço na atuação da força policial nas mais diversas ocorrências que possuem elevado grau de complexidade e demandam respostas mais técnicas e eficientes”, explicou a PM.
Até setembro de 2023, as armas de choque já foram utilizadas em 612 ocorrências em todo o estado. Em 2022, o número de atendimentos com o uso desse equipamento foi de 680. As armas foram adquiridas com verba estadual a um custo de R$ 19,8 milhões, totalizando agora 10 mil unidades equipando as unidades de rádio patrulha do estado.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ressaltou que o uso das armas de incapacitação neuromuscular visa preservar a vida de agressores que não representem risco de morte aos patrulheiros. “Cabe a nós fornecer ao policial todos os instrumentos necessários para que ele possa tomar decisões tecnicamente embasadas”, afirmou Derrite.
As Tasers emitem pulsos elétricos que incapacitam temporariamente o indivíduo, desencorajando o conflito. O armamento possui um sistema de registro digital que indica o local, data e hora do uso, além de permitir disparos sequenciais, garantindo maior segurança para o policial.
A aquisição das armas representa “um processo de melhora constante da capacidade tática e técnica da Polícia Militar”, ressaltou o comandante-geral da PM, coronel Cássio Araújo de Freitas, durante o evento. “A ampliação do uso desses equipamentos proporciona mais opções táticas para os policiais atenderem a população com mais eficiência”, destacou.