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Muralha Paulista: São Paulo vai ampliar investimentos de tecnologia em segurança

Foto: SSP

O estado de São Paulo está promovendo a ampliação tecnológica na área da segurança pública para fortalecer o programa Muralha Paulista no combate ao crime organizado, com o objetivo de desarticular a cadeia logística das quadrilhas que atuam no tráfico de drogas e de armas.
O governo de São Paulo anunciou que o programa vai receber o maior investimento da história ao longo de 2024. Está prevista a aplicação de R$158 milhões na área. A previsão é que os municípios que possuem convênio com o estado recebam câmeras de monitoramento. Elas estarão acopladas com softwares de inteligência para auxiliar na leitura de placas de veículos, por exemplo.
“Será a maior contratação de serviço de tecnologia voltada para a segurança pública”, destacou o secretário de Estado da Segurança Pública, Guilherme Derrite. A expectativa da SSP é criar um “cerco” digital com o sistema de monitoramento.
“As câmeras vão ampliar a vigilância sobre as rodovias, entradas e saídas de cidades, beneficiando a população. A intenção é quebrar a cadeia logística do crime organizado que se aproveita da estrutura do estado para cometer crimes”, reforçou o secretário de governo.
Neste ano, até o momento, 19,3 mil infratores foram detidos pelas forças de segurança com auxílio da tecnologia. Desse total, mais de 7,6 mil permanecem presos. O monitoramento das rodovias estaduais também favoreceu a apreensão de drogas, que no ano chega a 250 toneladas, aumento de 12% em comparação com 2022. O número de armas ilegais retiradas de circulação com avisos emitidos através do programa chegou a 88 até novembro.
Por meio de convênios, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) interligou as câmeras do estado, de municípios e da polícia em um único sistema para monitorar a movimentação de veículos suspeitos ou procurados pela Justiça. Ao todo, já são mais de 7,4 mil câmeras ativas.
Desde o início da gestão, houve um aumento dos municípios conveniados para o monitoramento por meio do programa, expandindo o número de cidades conectadas ao sistema, saltando de 200 para 641 prefeituras. “Fizemos a integração com o estado, trouxemos as câmeras desses municípios que já existiam, integramos no programa, emitindo novos alertas de veículos produtos de roubo e furto”, explicou Derrite.
“Quando os convênios começaram a ser concretizados, houve um aumento na produtividade policial”, lembrou o secretário. Um exemplo disso é que cresceu o número de veículos recuperados. No final de 2022, eram pouco mais de 300 apreendidos. Neste ano, até novembro, foram quase 7,5 mil automóveis devolvidos aos donos.
O projeto foi estabelecido para interligar as informações das câmeras de todo o território estadual às forças de segurança, facilitando a atuação no combate ao crime organizado, com monitoramento de rodovias e cidades, além da integração com o sistema Córtex, software de inteligência que reúne várias bases de dados do país com análise de informações a partir do CPF, num acordo celebrado em 2023.
O sistema permite a consulta sobre pessoas desaparecidas, registros de óbitos, veículos furtados ou roubados e pesquisa de procurados da Justiça na base nacional de mandados de prisão.
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