O auxiliar de produção Cássio Martins Camilo, de 27 anos, que confessou ter estuprado e matado Maria Clara Calixto Nascimento, de 5 anos, foi denunciado nesta terça-feira (13) pelo Ministério Público (MP). Ele é acusado de estupro de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O promotor responsável pelo caso, Pedro dos Reis Campos, classificou o padrasto como um “predador” e relembrou que ele já é acusado por estupro de vulnerável na cidade de Monte Mor, em 2018.
O auxiliar foi preso em flagrante no dia 18 de dezembro e teve a prisão preventiva decretada no dia 19.
De acordo com o inquérito, Cássio afirmou que na noite anterior ao crime, teria usado drogas. Na manhã do dia 17, quando estava sozinho com a menina, relatou que teria “surtado” quando a enteada ficou irritada ao ser proibida de ir até a casa de uma vizinha para brincar.
Ele, então, teria estuprado Maria Clara, e em seguida, apertado o pescoço até ela morrer sufocada. Após o crime, ele enrolou o corpo em uma cortina, colocou dentro de uma caixa de papelão e cobriu com plástico.
A mãe da menina, chegou em casa por volta do meio-dia, para almoçar e questionou o companheiro, que alegou estar dormindo e não teria visto ela sair.
Depois disso, a família iniciou as buscas pelo bairro e registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. O corpo só foi encontrado na manhã do dia seguinte, em um terreno, próximo a casa, onde eles moravam.
O padrasto chegou a prestar depoimento no dia do desaparecimento, mas disse desconhecer o paradeiro da menina. Depois ele foi para Monte Mor (SP), na casa de parentes e fugiu para Campinas, onde foi preso.
A mãe, quando encontrou a menina, pegou o corpo e levou até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas ela já estava sem vida.
Ao saberem da prisão do padrasto, familiares e amigos da vítima foram até a delegacia e houve um início de confusão, que foi rapidamente controlado.
Caso a denúncia seja aceita, o padrasto irá à júri popular.