Ícone do site Rápido no Ar

MP de Cordeirópolis solicita e Justiça prende quatro de associação criminosa de furtos na linha férrea

Foto: Polícia Civil Cordeirópolis

O Ministério Público de Cordeirópolis solicitou à Justiça local a prisão de 10 pessoas identificadas em associação criminosa que praticava furtos em diversos trechos da linha férrea do Estado de São Paulo, incluindo Cordeirópolis. Foi acatado o pedido para quatro integrantes que já tinham antecedentes criminais. Os demais, soltos devido a medidas cautelares, podem ser presos no caso de voltarem a praticar os crimes. Estão presos dois réus de Rio Claro, e o restante é da região de Assis.

Foto: Polícia Civil Cordeirópolis

A promotora de Cordeirópolis, dra. Aline Moraes, explica que a identificação parte do trabalho de investigação da Delegacia de Polícia de Cordeirópolis, que percebeu um modus operandi nos furtos praticados no município. Além da subtração de itens transportados pelos trens, como diesel, arroz, milho, soja, a associação criminosa passou a furtar também os trilhos, levando ao risco de descarrilamento, como aconteceu em Cordeirópolis em março de 2021.

PUBLICIDADE
Foto: Polícia Civil Cordeirópolis

A promotora atenta que, ainda que os furtos pareçam pequenos individualmente, causam grande prejuízo, não só para as empresas como para as comunidades do entorno. Eles estão sendo investigados em todo o Estado e, embora os criminosos possam alegar que não furtam próximo dessas comunidades, a falta de componentes em parte do trilho acarreta também o risco de acidentes em outros pontos, devido ao aumento da vibração.

“A investigação da polícia de Cordeirópolis não é acerca de cada furto. A denúncia do Ministério Público e processo judicial é acerca da associação criminosa. As investigações continuam além das 10 pessoas identificadas envolvidas na associação criminosa especializada em furto e receptação, tanto da carga do trem, quanto dos trilhos e demais itens de aço”, explica, sobre o material de alto valor. Os itens subtraídos eram produto de grandes negociações, na ordem de R$ 100 mil a R$ 150 mil.

Além da prisão das 10 pessoas denunciadas, o MP pediu também os bloqueios dos ativos financeiros de todos, que foram indeferidos pela Justiça e o MP estuda como recorrer.

Sobre os seis envolvidos que permaneceram em liberdade, a promotora explica que o crime de furto, da subtração sem violência ou grave ameaça, tem pena menor, que não permitiria a segregação cautelar, que é a decretação da prisão preventiva. “Mas, pela gravidade concreta do crime de se associar para furtar carga e trilhos, o MP entende que todos deveriam permanecer presos”, o que não foi acatado pelo Judiciário. Soltos devido a medidas cautelares diversas da prisão, ainda poderão ser presos se permanecerem na prática do crime. As investigações continuam.

Sair da versão mobile