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Motorista de van escolar é acusado de abuso sexual contra crianças no interior de SP

Foto: Freepik

O motorista de uma van de transporte escolar de crianças é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por suspeita de abuso sexual contra meninas de 9 a 11 anos dentro da van na zona rural de Barretos (SP).

Cerca de cinco meninas contaram aos pais e à direção da escola sobre os casos que estavam acontecendo no trajeto até a escola e na volta para casa.

De acordo com relatos das vítimas à polícia, o motorista colocava as meninas mais próximas dele e os meninos mais atrás na van. O homem, de 64 anos, tocava por cima das roupas, nas áreas íntimas das meninas, tinha conversas sexualizadas e ainda mostrava pornografia pelo celular.

A denúncia aconteceu depois de uma das meninas acompanhar pela TV o caso da menina Bárbara Vitória, de 10 anos, que foi morta em Minas Gerais. Segundo a mãe da vítima, elas assistiam TV quando a filha perguntou o que era estupro, o que acontecia. Após explicar o que era, a menina relatou que acontecia o mesmo na van.

“Ela olhou para mim e falou ‘mãe, aconteceu isso e isso hoje na perua. Eu estava dormindo e senti as mãos’. Eu pedi para ela ‘conta para a mamãe certinho, para a mamãe ver o que podemos fazer’. Ela me explicou e disse que era certeza que era a mão dele [do motorista], não a de outra criança”, diz a mãe.

Imediatamente a mulher entrou em contato com a diretora da escola e relatou o que a filha revelou. No dia seguinte a diretora conversou com a menina e ainda descobriu que outras crianças tinham passado pela mesma situação.

A polícia foi acionada e as mães foram orientadas a registrar um boletim de ocorrência. A delegada Denise Vichiato Polizelli Paro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Barretos, afirma que a denúncia chegou até ela por meio da Secretaria Municipal de Educação.

A delegada explica que como é uma área rural, o motorista buscava as crianças em diferentes fazendas e permanecia com elas por bastante tempo. “Elas relataram que no percurso aconteciam situações de abuso, toques, conversas inapropriadas”, afirma Denise.

“O relato delas é bem semelhante, bem fidedigno. Primeiro que elas relatam de uma forma bem semelhante o modo dele agir. São toques por cima das roupas, nas áreas íntimas, conversas sexualizadas, inapropriadas para a idade. Também teve um relato que ele mostrava pornografia pelo celular. Isso é totalmente inapropriado para quem tem o dever de cuidado dessas crianças no transporte”, diz a delegada.

A Polícia Civil instaurou inquérito por estupro de vulnerável. O suspeito não tem passagem pela polícia e foi demitido. Outra pessoa ocupa a vaga e está sendo monitorada.

O Conselho Tutelar acompanha o caso desde as primeiras denúncias, que começaram na quinta-feira (4).

“A gente as deixou bem à vontade, para ouvir aquilo que estava incomodando. Elas queriam falar e algumas tremiam muito, umas choraram. Ele mostrava vídeos pornográficos. Ele falava para algumas que quando elas crescessem, ela ia casar com elas e elas iam ser obrigadas a ter filhos dele. Uma tinha medo porque ele tinha acesso a todas as porteiras dos sítios, elas tinham medo de contar e ferir as mães”, diz a conselheira Rosângela Carvalho.

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