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Ministério Público denuncia 20 por ataques da Mancha Alviverde contra torcedores do Cruzeiro

Foto: Rápido No Ar

O Ministério Público de São Paulo (MPSP), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e da Promotoria de Mairiporã, denunciou, nesta quarta-feira (18), 20 pessoas envolvidas no ataque da torcida Mancha Alviverde contra integrantes da Máfia Azul, que teve como resultado uma morte.

De acordo com os promotores de Justiça que subscrevem a peça acusatória, no dia 27 de outubro, na Rodovia Fernão Dias, os denunciados, agindo em concurso de pessoas entre si e com terceiros ainda não identificados, todos assumindo o risco do resultado homicida, por motivo torpe, com emprego de meio cruel e de meio que possa resultar perigo comum, e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, concorreram para a morte de José Vitor Miranda dos Santos, causada por traumatismo cranioencefálico em decorrência de golpes desferidos com instrumento contundente.

“Estes delitos foram cometidos mediante recursos que dificultaram a defesa das vítimas, quais sejam: i) superioridade numérica; ii) planejamento e execução da emboscada de modo a atacar as vítimas durante a madrugada, quando repousavam em ônibus de transporte coletivo, dificultando a possibilidade de reação; e iii) bloqueio do trajeto dos ônibus, inclusive com ‘miguelitos’, obrigando a parada dos veículos coletivos quando cercado pela multidão delinquente”, relataram os membros do Ministério Público de São Paulo, que requereram a prisão preventiva de todos os denunciados.

“A rivalidade entre as torcidas do Palmeiras e do Cruzeiro já data ao menos de 1988, quando um dos fundadores da Mancha Alviverde foi morto; e nos últimos anos se agravou. Os presentes delitos, inclusive, são reação a uma briga que ocorreu entre as torcidas em Minas Gerais – cuja documentação integra o presente. Este contexto de rivalidade violenta reforça o risco. Soltos, os denunciados sem dúvida irão planejar novos delitos em face de torcedores do clube rival, colocando toda a sociedade em risco”, argumentaram os promotores.

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