A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo será realizada de 6 a 31 de agosto, conforme divulgação do Ministério da Saúde (MS). Na semana passada, a Secretaria de Saúde de Limeira já iniciou os trabalhos para definir a estratégia de vacinação no município. O Brasil é considerado território livre dessas duas doenças. Porém, o diretor de Vigilância em Saúde da prefeitura, Alexandre Ferrari, chama a atenção da população para a necessidade de manter em dia o Cartão de Vacinação.
Ferrari salientou que em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Apesar do cenário positivo, o MS alertou que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a poliomielite. “Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e da campanha nacional anual. A vacinação é a única forma de prevenção contra a poliomielite e o sarampo”, disse.
A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infectocontagiosa viral aguda, que, em geral, atinge os membros inferiores, tendo como principal característica a flacidez muscular. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral, por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou pela via oral, por meio de gotículas expelidas durante a fala, a tosse ou o espirro.
A vacina deve ser aplicada nas crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade. O primeiro reforço ocorre com 1 ano e 3 meses, e o segundo, aos 4 anos. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Amélia Maria P. da Silva, salienta que as crianças que não estiverem com essa vacina em dia, devem procurar a sala de vacinação da Unidade Básica de Saúde mais próxima.
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SARAMPO
Quanto ao sarampo, Ferrari observa que o Brasil também recebeu da (Opas), em 2016, o certificado de eliminação da circulação do vírus. Contudo, o País enfrenta surtos da doença em Roraima e no Amazonas. “Alguns casos importados foram identificados no Rio Grande do Sul, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo”, frisou. Limeira não registra notificações da doença.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, extremamente contagiosa, transmitida pela fala, tosse e espirro. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, que pode levar à morte, particularmente crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
Amélia esclarece que os principais sintomas são febre alta (acima de 38,5°C), manchas vermelhas (que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e em seguida, espalham-se pelo corpo), tosse, coriza e conjuntivite. “Há, ainda, o aparecimento de manchas brancas na mucosa bucal, que antecedem de 1 a 2 dias o surgimento das manchas vermelhas”, informou.
A vacina contra sarampo, conforme Amélia, é uma das que integram a Tríplice Viral, que ainda contém a vacina contra caxumba e rubéola. O procedimento é indicado para crianças de 1 ano. A segunda dose deve ser aplicada com 1 ano e 3 meses de idade – quando a criança receberá a Tetra Viral.
Pessoas até 29 anos que não tomaram a vacina, devem receber duas doses da Tríplice Viral, e acima de 30, uma dose. Amélia informa que o procedimento é contraindicado para gestantes e pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida.
Amélia destaca que as vacinas contra pólio e sarampo são oferecidas rotineiramente na rede de saúde municipal. Atualmente há 15 pontos de vacinação no município, incluindo a sede da Vigilância, que fica na Av. Ana Carolina de Barros Levy, 650 (ao lado da Policlínica). “Todos os pais e responsáveis devem se conscientizar da necessidade de atualizar as cadernetas de seus filhos, em especial das crianças menores de cinco anos”, enfatizou.