A Justiça de Limeira (SP) agendou para o dia 6 de agosto, às 10h, o Tribunal do Júri de O.K.M., que é acusado de matar Cosmo Cordeiro da Silva, de 44 anos, em setembro de 2015. O que chamou a atenção na época foi que, após o crime, o réu transportava o corpo da vítima numa carriola.
O homicídio aconteceu numa área verde às margens da Rua Antonio de Lucca, no Jardim Alvorada. Em juízo, O. disse que no dia do crime havia comprado entorpecentes da vítima, que seria traficante, e iria utilizá-los. Porém, uma
discussão teve início e, na versão do réu, Cosmo teria o agredido com uma faca, causando lesões em sua orelha e também na barriga.
O réu alegou que, para se defender “passou o rodo” na vítima que caiu e bateu a cabeça em algumas pedras. Afirmou, ainda, que ele não morreu nesse instante, mas justificou que colocou o corpo de Cosmo numa carriola e iria ajudá-lo. Populares perceberam que havia um corpo na carriola coberto por um colchão, pois os pés estavam para fora e arrastavam no chão. Quando se aproximaram do réu, ele correu e, diante da descoberta do corpo, policiais militares e civis foram acionados.
À Polícia Civil, populares alegaram que viram o momento em que a vítima entrou no matagal, utilizado por usuários de drogas, juntamente com outros dois homens – um deles era o réu. Posteriormente, somente dois deles saíram do local e uma mulher viu o momento em que o acusado voltou ao endereço com uma carriola e saiu com o corpo da vítima dentro dela. O réu foi identificado e preso dias depois, durante toda a fase do processo, alegou que agiu em legítima defesa. Ele ainda se encontra preso.
Ele será julgado no próximo mês e, no ofício sobre a data do julgamento, o juiz Rogério Danna Chaib justificou que a realização do Tribunal do Júri de modo presencial, considerados as cautelas existentes em razão da pandemia do novo coronavírus, é “em razão do tempo demasiado que o réu se encontra encarcerado”.