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Jogo da Ponte é paralisado após torcida invadir gramado depois de time levar gol

A torcida da Ponte Preta invadiu o gramado do estádio Moisés Lucarelli após o terceiro gol do Vitória, no confronto entre as duas equipes, na tarde deste domingo, em Campinas, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado de 3 a 2 para o time baiano, o clube paulista está rebaixado para a Série B. O jogo ainda não foi oficialmente encerrado enquanto a arbitragem aguarda garantias de segurança para que o mesmo tenha seus últimos minutos de disputa realizados.

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Parte da torcida da Ponte derrubou o alambrado que separa a arquibancada do campo e invadiu o gramado. A atitude gerou pânico entre os jogadores das duas equipes que, temendo agressões, saíram correndo em direção aos respectivos vestiários O mesmo aconteceu com o grupo de arbitragem.


A Polícia Militar agiu rapidamente, entrou no gramado e correu em direção ao setor do alambrado que havia sido derrubado. Os torcedores da Ponte Preta que haviam entrado no gramado recuaram, e voltaram para o setor de arquibancada. Bombas de efeito moral foram disparadas para intimidar os mais exaltados. O estádio foi sendo gradativamente evacuado. Não há informações sobre feridos graves.

A Ponte Preta abriu 2 a 0 com apenas com 15 minutos do primeiro tempo. Mas a expulsão do zagueiro Rodrigo, aos 20 minutos da etapa inicial, mudou a história do jogo. O Vitória cresceu na partida e, na etapa final, marcou três gols, com André Lima e Tréllez (duas vezes). Após o terceiro gol, aos 36 minutos, parte da torcida invadiu o gramado.


Imagens: Polícia Militar / Divulgação
Após 40 minutos de esvaziamento do Majestoso, o trio de arbitragem voltou ao gramado, conversou com representantes dos dois clubes e deu o jogo por encerrado. Segundo o representante da partida, Aguinaldo Viena, o comando da Polícia Militar não garantiu a segurança do jogo, principalmente por incidentes fora do estádio.

Uma tragédia poderia ter ocorrido. Os jogadores dos dois times correram em direção aos vestiários. Inclusive, pelo menos dois pontepretanos, Nino Paraíba e Luan Peres, se protegeram nos vestiários do Vitória. A Polícia Militar entrou em ação primeiro para esvaziar o gramado. Depois para colocar todo público para fora do estádio. Cenas tristes foram gravadas pela televisão, como crianças chorando e mulheres desesperadas. E muitos torcedores correndo. A pequena torcida baiana também saiu do estádio.

Estagnada nos 39 pontos, a Ponte Preta caiu para a penúltima colocação e, faltando uma rodada para o fim da competição, não tem mais chances de escapar do rebaixamento. Mesmo se vencer o Vasco, em São Januário, no próximo domingo, o time campineiro chegaria aos 42 pontos, enquanto o Coritiba, primeiro fora do Z4, tem 43, mesma pontuação do Vitória, 15.º colocado. Os baianos recebem o Flamengo, em Salvador, e dependem apenas de suas próprias forças para permanecer na elite.

O JOGO – Empurrada pela torcida, a Ponte Preta fez uma blitz no Vitória e abriu 2 a 0 nos primeiros 15 minutos. Aos seis, Danilo Barcelos cruzou, Wallace afastou mal e a bola sobrou para Lucca, que dominou e chutou, contando com um desvio de Geferson para sair do alcance de Fernando Miguel. Na sequência, com a ajuda do auxiliar, o árbitro assinalou pênalti de Wallace em cima de Léo Artur. Danilo Barcelos cobrou bem e ampliou.

Depois disso, o jogo ficou quente, com jogadores dos dois times se estranhando. Aos 20 minutos, o quarto árbitro avisou Ricardo Marques Ribeiro de uma agressão de Rodrigo em Tréllez fora do lance e o zagueiro pontepretano foi expulso. O Vitória foi com tudo para cima e levou perigo em voleio de Tréllez, mas a Ponte também criou boas oportunidades, exigindo defesas de Fernando Miguel em finalizações de Danilo Barcelos e Nino Paraíba.

Como já era esperado, o Vitória voltou pressionando a Ponte Preta e em um espaço de um minuto conseguiu o empate. Aos 12 minutos, Carlos Eduardo cobrou escanteio, Danilinho desviou na primeira trave e André Lima completou. No lance seguinte, Tréllez chutou de fora da área, a bola desviou em Luan Peres e encobriu Aranha.

A Ponte sentiu demais o gol e o Vitória continuou em cima. A virada era questão de tempo e ela veio aos 36 minutos. Danilinho desceu em velocidade e cruzou rasteiro para Tréllez apenas empurrar para o gol. O gol foi o estopim para a torcida pontepretana. Alguns quebraram a grade e invadiram o gramado para bater nos jogadores, que correram em direção aos vestiários

FICHA TÉCNICA

PONTE PRETA 2 X 3 VITÓRIA

PONTE PRETA – Aranha; Nino Paraíba, Rodrigo, Luan Peres e Jeferson; Wendel (Renato Cajá), Elton, Danilo Barcelos e Léo Artur (Marllon); Lucca e Léo Gamalho (Felipe Saraiva). Técnico: Eduardo Baptista.

VITÓRIA – Fernando Miguel; Patric, Wallace, Kanú e Geferson; Uillian Correa, Ramon (Carlos Eduardo) e Yago; David (André Lima), Neilton (Danilinho) e Tréllez. Técnico: Vagner Mancini.

GOLS – Lucca, aos seis, e Danilo Barcelos, aos 15 minutos do primeiro tempo; André Lima, aos 12, Tréllez, aos 13 e aos 36 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Ricardo Marques Ribeiro (MG).

CARTÕES AMARELOS – Jeferson, Danilo Barcelos e Wendel (Ponte Preta); Yago, Kanú, Geferson, Tréllez, Uillian Correa e Wallace (Vitória).

CARTÃO VERMELHO – Marllon (Ponte Preta).

RENDA – R$ 84.313,00.

PÚBLICO – 11.682 pagantes (12.862 presentes).

LOCAL – Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP).

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