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Irmã de ex-cantora do Timbalada diz que tentam forçar sua mãe a fazer delação

As novas fases da Operação Faroeste, abertas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal nesta segunda-feira, 14, apontam como a investigação alargou seu escopo no último ano. As apurações, iniciadas a partir de suspeitas envolvendo possíveis negociações de propinas em processos de disputa fundiária no oeste baiano, acusam em sua etapa atual a existência de cinco núcleos no suposto esquema de venda de decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia. Eles seriam capitaneados por diferentes desembargadores e teriam atuado também em ações de recuperação judicial, inventários, execuções de títulos extrajudiciais e cobranças de horários advocatícios.

Com o avanço das apurações, novos nomes entraram na mira da Procuradoria. Entre eles, o da cantora Amanda Santiago, ex-vocalista do Timbalada. Além da ligação com a música, a família Santiago tem raízes no Direito. A irmã, Mariana Santiago, é advogada. A mãe, Maria do Socorro Barreto Santiago, é desembargadora afastada do Tribunal baiano – ela foi presa preventivamente em dezembro do ano passado por supostas tentativas de embaraçar as investigações.

O Ministério Público Federal suspeita que Maria do Socorro recorria às filhas como ‘via de drenagem de recursos criminosos’ “Maria do Socorro usava, possivelmente, suas filhas Mariana Santiago, Luciana Santiago e Amanda Santiago como vias de captação de vantagens indevidas, demonstrando preocupação com a incorporação de bens em seu nome”, escreveu a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, em ofício enviado ao ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo autorização judicial para cumprir uma série de medidas cautelares e buscas nas novas etapas da Faroeste, incluindo em endereço ligado a Amanda.

A irmã, Mariana, afirma que sua família foi ‘coagida’ para que a mãe, presa no Complexo da Papuda, comece um processo de colaboração premiada. “Querem que minha mãe delate o que ela não tem a delatar, mas querem forçar de qualquer jeito. Por isto estão tentando nos atingir, as filhas, para atingir a minha mãe de qualquer jeito. Quero dizer a todos que ela não delata porque nada fez, tudo isto é mentira”, afirma a advogada.

Em julho, o blog publicou um artigo escrito por Luciana, terceira filha da desembargadora, pedindo a soltura da mãe em razão do risco de contaminação pela covid-19. O último recurso apresentado pela defesa da magistrada para obter o relaxamento de sua prisão preventiva aguarda análise no Superior Tribunal de Justiça há três meses.

COM A PALAVRA, A ADVOGADA MARIANA SANTIAGO, FILHA DA DESEMBARGADORA MARIA DO SOCORRO

Não encontraram nenhuma prova contra minha mãe, porque elas não existem! Ela está há 1 ano na prisão ( idosa, hipertensa, diabética). Uma desembargadora que durante o tempo que foi presidente do TJBA foi amada por todos e por isto criou muitos amigos e infelizmente, pelo que parece, muitos inimigos invejosos também. Estes tentam detona-la agora com tudo isto. Ela tem 37 anos de carreira e nunca praticou nenhum destes crimes. A prova disto foi o resultado da oitiva de acusação que ocorreu semana passada e nenhuma das testemunhas arroladas para acusação, teve acusações a fazer, uma delas nem sabia porque estava lá. Nenhuma prova foi apresentada.

Repito: Nenhuma prova foi apresentada contra a minha mãe. Não foi demonstrado qualquer vínculo entre meu ex marido e ela, nenhum. Ele é apenas meu ex marido. Inclusive aproveito para dizer que minha mãe nunca aprovou meu casamento, mas tive um filho com ele, é isto é para sempre. Eu sou filha dela e meu filho é filho de Marcio e neto de minha mãe. Único vínculo dela com ele, nada mais! Na oitiva nada foi provado com a presença de muitas testemunhas de acusação. Penso que o MP fez acusações precipitadas sobre minha mãe e alguém tem jogado na mídias, não sei porque. Foram criadas hipótese absurdas contra minha mãe e na oitiva de acusação nada foi provado, repito: nada.

Frente a esta total falta de provas, agora estão criando novas e absurdas hipóteses, infelizmente envolvendo minha irmã que é apenas uma artista. Tentam agora de forma desesperada justificar o ato bárbaro de uma preventiva irregular por 1 ano, criando hipóteses fantasiosas envolvendo Amanda minha irmã. Querem que minha mãe delate o que ela não tem a delatar, mas querem forçar de qualquer jeito. Por isto estão tentando nos atingir, as filhas, para atingir a minha mãe de qualquer jeito. Quero dizer a todos que ela não delata porque nada fez, tudo isto é mentira. Ao que parece existe interesse político em derrubá-la.

Questiono se estamos em uma democracia ou uma ditadura onde se prende as pessoas sem provas. Minha irmã Amanda está em casa se reparando do susto que tomou da forma agressiva da PF na casa dela na busca e apreensão feita lá. Peço humildemente as autoridades que leiam as provas de defesa apresentadas, porque pelo tempo que vcs estão mantendo minha mãe lá, não parece que estão lendo. Ressalto que tudo isto inventado esta esmagando a reputação de uma família muito respeitada. Minha irmã nada tem a ver com isto. Apenas como é uma artista conhecida na Bahia estão usando ela para mais uma vez prejudicar minha mãe.

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