O aplicativo de entrega de refeições iFood quer colocar comida na mesa de mais brasileiros este ano. Hoje presente em 483 municípios do País, a startup pretende chegar a “milhares de cidades” em 2019, disse ontem o presidente executivo da empresa, Carlos Moyses, ao jornal O Estado de S. Paulo. Para garantir esse crescimento, a companhia anunciou que pretende abrir mil vagas até o fim do ano – hoje, tem 1,4 mil pessoas trabalhando no Brasil, incluindo 650 contratadas nos últimos três meses.
Segundo o executivo, as principais áreas de contratação serão nos departamentos comercial e de tecnologia. “Vamos investir em inteligência artificial, novas funções e melhoria na logística”, disse o executivo. “Vamos melhorar o sistema de rotas para os entregadores – assim eles conseguem ser mais eficientes e os pedidos chegam mais rápido para os clientes.”
Outra área em que a empresa pretende avançar é a de pagamentos pelo aplicativo. Se for bem sucedida, conseguirá faturar mais por participar das transações, ao mesmo tempo em que reduz o uso de maquininhas de cartão.
Os recursos para a expansão virão do aporte de US$ 500 milhões recebido pela empresa em outubro – o maior para uma startup da América Latina. Na ocasião, o iFood virou um unicórnio (startup avaliada acima de US$ 1 bilhão).
Em alta
Não é o único número superlativo recente na trajetória da empresa: em janeiro, o aplicativo teve 14,1 milhões de pedidos no País. Ao todo, a empresa tem hoje 55 mil restaurantes e 10,8 milhões de usuários em sua base por aqui. Também opera no México e na Colômbia.
Para Moyses, não assusta o surgimento de competidores no mercado nacional. Além do Uber Eats, que rivaliza com o iFood para clientes de renda mais alta desde o fim de 2016, há também os apps de entrega de comida Rappi e Glovo, além dos serviços de delivery ofertados pelos próprios restaurantes.
O mercado de delivery está em expansão: segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o setor movimentou R$ 11 bilhões em 2018. “Nosso foco está em mudar hábitos”, diz o executivo do iFood. Se depender dele, ninguém mais vai “esquentar a barriga” no fogão ou queimar a mão cozinhando. “Meu maior competidor ainda é o fogão.