Um homem, de 57 anos, foi preso suspeito de maltratar e causar a morte da própria mãe, uma idosa de 92 anos, que faleceu no dia 21 de maio de forma suspeita, em Aripuanã (MT). De acordo com a Polícia Civil, a idosa apresentava queimaduras nas partes íntimas.
A polícia tomou conhecimento do caso, após o hospital da cidade informar que a morte da idosa e afirmar que ela chegou na unidade em estado grave. Segundo o relatório médico, a mulher apresentava queimaduras da cintura até a metade das coxas, sendo que toda a região íntima estava “em carne viva”.
Os ferimentos da vítima já estavam em um estado avançado quando ela deu entrada na unidade de saúde, entretanto não havia histórico de atendimento médico até aquele momento. A parti daí, um inquérito foi instaurado para investigar o caso.
As investigações apontaram que a vítima tinha Alzheimer e morava com o filho em um apartamento de dois cômodos e um banheiro. O quarto em que a idosa ficava não possuía iluminação e a janela era lacrada com tela. De acordo com a Polícia Civil, na residência só havia duas camas de solteiro e um ventilador.
O delegado Flávio Leonardo Santana, responsável pelo caso, informou que o suspeito deixava os alimentos e água no chão e a idosa precisava rastejar para se alimentar. “Ela fazia as necessidades fisiológicas na cama e permanecia o tempo inteiro sobre fezes e urina”, disse.
O filho ainda deixava a idosa boa parte do tempo sozinha no quarto, que era trancado com cadeado.
A idosa de 92 anos faleceu dias após dar entrada no hospital, em decorrência de septicemia (infecção no sangue) e queimaduras. Segundo as investigações, a infecção foi causada pelas queimaduras sofridas pela vítima.