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Governador de São Paulo defende fim da concessão da Enel após apagão

Foto: Pablo Jacob/Governo de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu nesta terça-feira (15) o fim da concessão da Enel, responsável pela distribuição de energia no estado, após falhas no restabelecimento do serviço. Durante uma entrevista após participar de um evento em comemoração aos 54 anos da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Tarcísio afirmou que a empresa “não tem condições de prestar o serviço” e deveria “sair do Brasil”.

O governador sugeriu que a Enel enfrente um processo de caducidade, que levaria à extinção ou suspensão de seu contrato. Segundo ele, aplicar multas à empresa não é suficiente, pois estas não são pagas. Ele também criticou o descumprimento de um plano de contingência, que previa a mobilização de 2,5 mil funcionários após o temporal da última sexta-feira (11). No entanto, a Enel atuou com menos de metade desse número.

“A empresa tinha o compromisso de contratar pessoas e não contratou”, reclamou Tarcísio. “Está claro que ela é incompetente e não se preparou para gerir a distribuição de energia na cidade de São Paulo.”

Impacto econômico

A FecomercioSP estimou que as perdas de faturamento no estado, devido à falta de energia, somam R$ 1,82 bilhão até esta terça-feira (15). O setor de serviços foi o mais afetado, com uma perda de R$ 1,23 bilhão, enquanto o comércio acumulou R$ 589 milhões em prejuízos. O Dia das Crianças, no sábado (12), foi o mais impactado, com perdas estimadas em R$ 211 milhões.

Ação judicial e investigação

A prefeitura de São Paulo ingressou na Justiça, exigindo que a Enel restabeleça imediatamente a energia em áreas afetadas, sob pena de multa diária de R$ 200 mil. Paralelamente, a Aneel anunciou que abrirá um processo para investigar as falhas na prestação do serviço e poderá recomendar a caducidade da concessão ao Ministério de Minas e Energia. A CGU também informou que realizará uma auditoria para apurar as responsabilidades pelo apagão.

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