O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou o apresentador Gilberto Barros a dois anos de prisão por crime de homofobia.
Durante o programa “Amigos do Leão”, no YouTube, o jornalista afirmou que quando trabalhava na Rádio Globo, na década de 80, tinha que ver “beijo de língua de dois bigodes” pois havia uma boate para o público LGBTQIA+ em frente ao local.
Gilberto continuo dizendo que se visse um beijo entre dois homens na sua frente, vomitaria e bateria no casal. “Não tenho nada contra, mas eu também vomito. Eu sou gente, ainda mais vindo do interior. Hoje em dia, se quiser fazer na minha frente, faz. Apanha os dois, mas faz”, afirmou o jornalista.
Na decisão, a juíza Roberta Hallage Gondim Teixeira, que proferiu a sentença, disse que que houve “agressividade das palavras aplicadas, as quais discriminaram os homossexuais especialmente diante do uso da palavra “nojo”. E que a fala atingiu a comunidade LGBTQIA+”.
Por ser réu primário e a pena ser inferior a quatro anos, a pena de Gilberto Barros será convertida a serviços prestados à comunidade e pagamento de cinco salários mínimos que serão revertidos na compra de cestas básicas para organizações sociais.
A denúncia partiu do jornalista William De Lucca, que levou o caso ao Ministério Público de São Paulo.