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Estudo da Consultoria da Câmara aponta soluções internacionais para a extrema pobreza

Estudo recente da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados mostra que o Brasil, apesar de reconhecido mundialmente pelos programas de transferência de renda, ainda precisa atuar mais para fazer com que as pessoas não retornem para situações de extrema pobreza. Desde 2014, a extrema pobreza no país vem aumentando e passou de 4,49% da população para 12,08% em 2021.

A consultora Renata Baars destaca que, além de programas como o Auxílio Brasil, são necessárias ações de inclusão produtiva e investimento em educação. Outros fatores que interferem neste processo são o crescimento econômico e os subsídios governamentais dados em políticas como o Simples, sistema simplificado de pagamento de impostos para pequenas empresas.

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O estudo da consultora, que está disponível na página de Estudos Legislativos da Câmara, trata, por exemplo, do programa de inclusão produtiva de Bangladesh. Segundo Renata Baars, o país conseguiu beneficiar quase 2 milhões de pessoas com o programa, chamado de Graduação:

“Durante dois a três anos, desde você receber os bens de produção, você tem um treinamento intenso, você tem um acompanhamento daqueles agentes do Estado que estão tocando aquele programa de inclusão produtiva. Tem educação financeira, por isso até o nome Graduation, de graduação mesmo. Você se forma para se emancipar efetivamente e não retornar à extrema pobreza. ”

A consultora reconhece que é complicado implementar o programa em larga escala, mas afirma que o esforço é importante porque as pessoas adquirem uma situação mais sustentável. Ela também ressaltou os programas de ensino técnico profissionalizante adotados na região do Leste da Ásia e Pacífico.

De acordo com Renata Baars, eram 736 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza no mundo até 2015. A estimativa é que a pandemia tenha aumentado este número em mais 500 milhões.

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