O Centro de Contingência de Combate à Covid-19, montado pelo governo João Doria (PSDB) para coordenar ações contra a propagação da doença no Estado de São Paulo, recomendou nesta quinta-feira (3), que as celebrações de Natal e ano-novo tenham até 10 pessoas. Coordenador do grupo, formado por profissionais de saúde, José Medina, também destacou que esse tipo de encontro deve ter duração curta, preferencialmente por até uma hora.
“Estamos fortemente recomendando que, nestas festas de fim de ano, para que as pessoas, por um ato de cidadania e de proteção para sua família, evitem aglomerações superiores a 10 pessoas. Isso é uma medida razoável. E, ainda, com tempo de exposição baixo. Não dá hoje para imaginar um grupo maior de 10 pessoas reunido com tempo de exposição maior do que uma hora”, destacou durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira.
Ele alertou para o risco de disseminação do novo coronavírus nessa época do ano após as taxas de transmissão voltarem a aumentar. “Se tiver apenas um com a doença pré-sintomática, pode contaminar todos os demais. E nós recomendamos intensamente a proteção das pessoas com mais de 50 anos”, destacou, ao citar que a letalidade é maior nesta faixa etária, que representa 89,5% dos óbitos por covid-19 no Estado.
Recomendações e determinações semelhantes têm ocorrido em outros Estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul, e fora do País, como na Alemanha. A situação também tem feito famílias optarem por cancelar e adaptar os planos para as festas de fim de ano.
Segundo dados do governo, o Estado está com 60,7% de ocupação de leitos de UTI, taxa que é de 53,7% na Grande São Paulo. Há 4.218 pacientes com suspeita ou confirmação da covid-19 em leitos de UTI, número que é de 5.798 em enfermaria. Ao todo, são 1.267.912 casos confirmados em território paulista, dos quais 42.637 resultaram em óbito.
O governo de São Paulo também anunciou uma força-tarefa com 1 mil agentes para fiscalizar o cumprimento do uso de máscaras e do distanciamento social em cerca de 100 municípios a partir desta sexta-feira (4). Segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, cerca de 1 mil multas foram aplicadas por descumprimento das normas no Estado.