Irá a júri popular na manhã desta quinta-feira (21), em Piracicaba (SP), o corretor de imóveis Anderson dos Santos Andrade, de 40 anos, acusado de matar a facadas a ex-mulher Carolina Dini Jorge, 41, em 24 de março do ano passado.
Carolina foi pega numa emboscada quando chegava, no período da tarde, numa escola estadual para buscar a filha caçula que estava, na época, com 10 anos. Ela desceu do carro, fechou a porta, e quando ia se movimentar viu o ex-marido saindo de trás de um arbusto da rua Ajudante Albano, bairro São Dimas, a poucos metros do portão principal da escola.
Ao ver o ex, Carolina voltou rapidamente para o carro, abriu a porta e entrou, mas não deu tempo de travá-la. Anderson puxou a porta e entrou dando facadas nela. Carolina foi golpeada seis vezes, sendo que quatro facadas pegaram nos órgãos vitais e ela morreu no local.
O crime bárbaro aconteceu um dia antes da audiência na qual seria tratado o divórcio do ex-casal. De acordo com o promotor de Justiça Aluísio Antonio Maciel Neto, serão julgados o motivo torpe pelo qual o crime foi praticado, recurso que dificultou a defesa da vítima, o feminicídio (crime que tem como vítima a mulher), meio cruel e ainda a causa de aumento em decorrência de ele ter descumprido a medida protetiva.
Entre as testemunhas está um irmão de Carolina que, após a prisão de Anderson, ao tentar falar com ele no Plantão Policial, foi jurado de morte. Segundo a Justiça, qualquer pessoa maior de 18 anos pode assistir a júri popular. Porém, ninguém pode se manifestar. Caso isso ocorra poderá acontecer a anulação do julgamento.