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Após quase 5h de jejum criança com paralisia cerebral tem cirurgia cancelada no Hapvida sob alegação de falta de UTI

Foto: Arquivo Pessoal

Uma criança de 9 anos, que tem paralisia cerebral e só se alimenta por meio de sonda gástrica, ficou no Hospital Hapvida desde às 6h da manhã desta quarta-feira (13), em jejum total, segundo a mãe, e foi liberada por volta das 11h, sob alegação que não tem UTI (Unidade de Terapia Intensiva) disponível no hospital.

Acontece, segundo a mãe, Adrielle Calixto de Souza, que no dia 30 de outubro, data do aniversário do menino, era para ele ter sido operado, mas, a cirurgia foi suspensa sob a mesma alegação.

O menino, segundo Adrielle, vai operar de um tendão e será serrada uma parte do osso para colocação de pino na bacia. Quem estava com a criança nesta manhã era a avó materna, que ia informando a situação para Adrielle, que precisou ficar cuidando do outro filho que sofre de TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Primeiro, a mãe dela enviou uma mensagem dizendo que, nesta quarta-feira, o médico a comunicou que não teria vaga na UTI e que se precisasse da UTI teria que ir para outra cidade e, ainda, perguntou se a família concordava. A avó do paciente respondeu que sim.

Depois, de acordo com a avó, foi falado que só teria vaga em São Paulo, capital, mas o médico disse que não dava para ir porque ele teria de acompanhar o paciente. Ainda nesta manhã, neste intervalo de tempo de 5h, foi dito, de acordo com a avó, que o médico alegou falta de instrumentista cirúrgico, de material e que não havia a serra para cortar o osso.

O menino, que além do jejum, ficou sem medicação, e chorando, chegou a ser colocado em outro quarto. A avó contou que foi na recepção, para falar com a direção do Hapvida, mas a resposta foi que estavam em reunião.

Por volta das 11h, a criança recebeu alta. O hospital ficou de dar um retorno ainda nesta quarta-feira para ela.

O HOSPITAL

O Hapvida informou, por meio da assessoria de imprensa, que está em contato direto com a família, prestando todo o suporte necessário para garantir que a criança receba o atendimento adequado o mais breve possível.

“Mantemos um canal aberto de comunicação para acolher a família e informá-la sobre os passos para a realização da cirurgia. A instituição reafirma seu compromisso com a qualidade e a eficiência dos serviços prestados a todos os clientes e continua dedicada a atender as necessidades de cada paciente de forma segura e responsável”, diz a nota.

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