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Animal doente requer tutor consciente para se recuperar

Muitas pessoas acreditam que para ser considerado um tutor de um animal de estimação basta ter uma casa ampla e recursos financeiros para garantir o pagamento de funcionários, as consultas no veterinário e a aquisição de alimentos e medicamentos. Mas, isto não representa a realidade, é necessário estar disposto a amar e sofrer, proporcionando grande vínculo afetivo nos momentos que o animal precisar, ou seja, jamais abandoná-lo quando estiver doente. Às vezes as pessoas não reconhecem a importância do amor incondicional e se esquecem de que eles são seres muito especiais, e devem ser tratados com carinho neste momento.

Os animais entendem a situação dos tutores, em caso de sofrimento, e com frequência tentam oferecer conforto ou apoio para tentar ameniza-lo. É comum os animais colocarem sua sensibilidade em prática. Alguns são capazes até de identificar sintomas de doenças graves, afirma Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour (www revistaecotour.tur.br).

Um estudo realizado pela Universidade da Pensilvânia identificou que alguns cães são capazes de identificar o câncer de intestino, pele, ovário, bexiga, mama e pulmão. Eles mostram agitação quando percebem que o tutor está doente, devido ao fato das 220 milhões de células olfativas presentes no focinho canino. Quando um cão fareja em busca de câncer ele encontra compostos orgânicos voláteis emitidos pelo tumor (VOCs).

Max, um cão da raça colllie detectou o câncer de sua tutora Maureen. Ele estava se mostrando muito desanimado. Numa oportunidade, encostou a cabeça no peito dela e ficou desesperado. Ela que já suspeitava do problema, compreendeu a mensagem e foi ao hospital, onde realizou alguns exames, cujo resultado apresentou câncer de mama. O tumor foi retirado e o cão voltou a ficar alegre, relata Vininha F. Carvalho.

A impressionante fidelidade dos cães já foi destaque no cinema. A história de Hachiko, o cão que esperava seu tutor chegar do trabalho, todos os dias, na mesma hora na estação de trem em que ele chegava é um exemplo típico. O tutor sofreu infarto enquanto estava trabalhando e morreu. A partir desta data ele não voltou mais, mas Hachiko continuou o esperando, fez isso durante nove anos, até morrer também. As pessoas que acompanharam essa história o homenagearam com uma estátua, no lugar em que permaneceu esperando o seu tutor, na estação de Shibuya, no Japão.

“Casos como estes citados, nos deixam impressionados como a lealdade expressada pelos cães é uma característica rara e, que merece ser muito valorizada. Isso contraria os que pensam que para ter um animal em casa basta simplesmente pagar a comida, remédios e fazê-lo balançar o rabo quando o encontra. Eles necessitam de muito mais que isto para terem respeitados seus direitos”, enfatiza Vininha Carvalho.

Não existem mais dúvidas sobre a senciência dos animais. Ele tem capacidade de sentir dor ou prazer. As pessoas devem tomar consciência de que tratar os animais com dignidade não é caridade, mas representa cumprir um direito a eles pertencente. A ética estabelece que eles devam ser respeitados e o amor dedicado retribuído à altura. Atualmente vêm ganhando cada vez mais espaço, a ideia que a presença do tutor ao lado de um animal doente aumenta muito a possibilidade da sua recuperação. Os sentimentos mais nobres são o melhor complemento para ele superar a doença e voltar a ser feliz no seu lar.

Lembre-se: 4 de Outubro é o Dia Nacional de Adotar um Animal

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