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PF deflagra Operação Prato Feito por fraude na merenda em prefeituras em SP

A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira, 9, cujo principal alvo é o prefeito de Embu das Artes, na Grande SP, Ney Santos (PRB). A ação é contra fraude e desvio de dinheiro em licitações de merendas com dinheiro público federal em 19 prefeituras. Os agentes da PF foram até a casa de Santos, em Barueri, cumprir mandados de busca e apreensão.

Estão sendo cumpridos 154 mandados de busca e apreensão, além de afastamentos preventivos de agentes públicos e decisões de suspensão de contratação com o poder público referentes a 29 empresas e seus sócios. Todas as medidas foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo e pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

O inquérito policial foi instaurado em 2015, a partir de informação apresentada pelo Tribunal de Contas da União relatando possíveis fraudes em licitações de fornecimento de merenda escolar em diversos municípios paulistas.

As investigações apuraram que os grupos criminosos agiriam em 30 municípios, contatando prefeituras por meio de lobistas, para direcionar licitações de fornecimento de recursos federais para a educação destinados ao fornecimento de merenda escolar, uniformes, material didático e outros serviços.

Há indícios do envolvimento de 85 pessoas, sendo: 13 prefeitos, 4 ex-prefeitos, um vereador, 27 agentes públicos não eleitos e outras 40 pessoas da iniciativa privada. A Controladoria Geral da União identificou, ao longo das investigações, 65 contratos suspeitos, cujos valores totais ultrapassam R$ 1,6 bi.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de fraude a licitações, associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, com penas que variam de um a 12 anos de prisão.

O prefeito de Embu das Artes não é alvo de mandados de prisão. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) negou 62 pedidos de prisão da Polícia Federal, entre políticos e empresários. Ney Santos já foi acusado pelo Ministério Público do Estado no âmbito da Operação Xibalba por suposta lavagem de dinheiro do tráfico de drogas do PCC.

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