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Zoonoses realiza coleta de escorpiões em cemitério de Limeira

A Prefeitura de Limeira, por meio da Divisão de Controle de Zoonoses, está fazendo a coleta de escorpiões no Cemitério Saudade I, no Centro. A medida visa o controle populacional do animal. A ação teve início em novembro e ocorre no período da noite pois, segundo técnicos da Divisão, o aracnídeo possui hábitos noturnos e se abriga em locais úmidos e escuros.

A chefe da Divisão, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, explica que a iniciativa acompanha uma mobilização preventiva que acontece em todo o Estado de São Paulo. A coleta é manual, já que o uso de produtos químicos não é recomendado. Pedrina ressalta que a ação no período noturno é mais eficaz do que em outros períodos.

A espécie de maior ocorrência no município é a Tityus serrulatus, popularmente conhecida como escorpião amarelo. A população do aracnídeo é composta por fêmeas, que geram filhotes sem necessidade de acasalamento. Cada fêmea se reproduz pelo menos duas vezes ao ano, com 20 filhotes por ciclo de reprodução. Considerando-se que a espécie vive em média quatro anos, cada indivíduo pode gerar até 160 filhotes ao longo da vida.

O trabalho no Cemitério Saudade I conta com uma equipe de seis servidores, incluindo a bióloga da Divisão, Daniela Coelho Terossi. Para tanto, os agentes passaram por um treinamento no Instituto Butantan sobre “Controle de escorpiões de importância em saúde” e realizaram outros trabalhos de retirada do aracnídeo em período diurno, antes de fazerem a coleta noturna.

Os agentes trabalham em duplas, equipados com botas, calças compridas, luvas de couro e chapéu. Para a captura são usadas pinças de 30 centímetros e potes para o armazenamento dos escorpiões, além de lanternas de luz ultravioleta para facilitar a identificação dos animais. Os servidores foram orientados também a não permanecerem encostado em muros, árvores ou túmulos.

Pedrina destaca, ainda, a importância dos cuidados que a população deve ter em relação aos escorpiões. A orientação é vedar frestas em paredes e tomadas, proteger soleiras de portas com rolos de areia, armazenar lixo em recipientes fechados e inspecionar calçados e roupas antes de usá-los. “Cada morador deve avaliar seu imóvel e eliminar possíveis situações que tornem a residência atraente a baratas e escorpiões”, frisou.

Outros cuidados citados pela chefe da Divisão envolvem a limpeza constante de quintais e o descarte de todo material inservível. Materiais de construção devem ser empilhados em pallets, afastados de paredes ou muros, e ao manuseá-los, é preciso usar luvas de couro e sapatos fechados.

Oficina
O aperfeiçoamento das ações para o controle do aracnídeo é uma preocupação constante da Secretaria de Saúde. Nesta semana, a chefe da Divisão e a bióloga estão em São Paulo, participando de uma oficina para construção de um plano de intensificação de vigilância e controle de escorpiões para o estado de São Paulo. “Estamos recebendo informações atualizadas sobre a situação epidemiológica dos acidentes com escorpião em todo o país, além de medidas coordenadas para o manejo e controle do animal”, disse Pedrina.

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