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Vice-prefeito de Hortolândia, Cafu, é preso em operação da PF que investiga fraudes em licitações

Foto: Reprodução/Facebook

O vice-prefeito de Hortolândia (SP), Carlos Augusto César, conhecido como Cafu, foi preso nesta quarta-feira (12) durante a segunda fase da Operação Coffee Break, da Polícia Federal, que apura fraudes em licitações públicas, peculato e lavagem de dinheiro. Ele tem 63 anos, é filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e foi eleito em 2024 na chapa do prefeito Zezé Gomes (Republicanos), reeleito com 55,07% dos votos válidos.

Natural de Ponte Nova (MG), Cafu declarou ensino superior incompleto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e patrimônio de R$ 1,3 milhão. Atua como aposentado e é divorciado.

Mandado de prisão ocorre meses após cassação anulada

Em janeiro de 2025, Cafu teve seu mandato cassado em 1ª instância, junto ao vereador Leo do LM (PSB), por suposto abuso de poder político nas eleições de 2024. Segundo o Ministério Público Eleitoral, ambos teriam tentado coagir uma candidata da oposição com promessas de dinheiro, emprego e ameaças.

A decisão foi revogada em 2ª instância em agosto de 2025, após a Justiça considerar ilícita uma gravação usada como prova contra Cafu. O vereador, no entanto, teve a cassação mantida.

Mandados foram cumpridos em sete cidades

A operação mobilizou 50 mandados de busca e apreensão e 6 mandados de prisão preventiva em sete localidades, incluindo:

Somente na região de Campinas, foram 19 mandados de busca e três prisões preventivas. A investigação envolve contratos da empresa Life Tecnologia Educacional, que fornece materiais didáticos e kits de robótica para prefeituras. A Life é citada em contratos com diversas administrações municipais.

Os investigados podem responder por organização criminosa, corrupção, fraude em licitação, peculato e lavagem de dinheiro.

A Prefeitura de Hortolândia informou que colaborou com a operação, entregando documentos solicitados nas secretarias de Educação e Governo, onde foram recolhidos quatro processos relacionados à empresa investigada. O contrato com a Life segue ativo, segundo a gestão, que afirma que todos os procedimentos obedecem à Lei 14.133/2021.

A defesa de Cafu, representada pelo advogado Ralph Tórtima Filho, disse que está solicitando acesso aos autos e que só se manifestará após conhecer o conteúdo da investigação.

Prefeituras de outras cidades, como Limeira e Sumaré, também se pronunciaram. Limeira informou que a gestão atual não tem vínculo com a empresa investigada e não realizou pagamentos em 2025. Sumaré confirmou o cumprimento de mandado de busca em uma repartição municipal.

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