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Vereador justifica voto a subsídio: ‘quem gostou, gostou, quem não gostou, paciência’

Os vereadores da Câmara Municipal de Limeira aprovaram na noite de segunda-feira (5) um subsídio de R$ 12 milhões para manter o transporte público em funcionamento enquanto durar a pandemia da Covid-19.

Citando a Bíblia e um versículo do apóstolo Paulo, Everton Ferreira (SPD) disse ter feito um autoexame consciente e com clareza. Ao falar dos que discordavam de seu voto favorável ao projeto, soltou: “votei com minha consciência leve e tranquila, porque está na Constituição que o transporte é um direito e é dever do município providenciar isto. Para isso temos impostos. Quem gostou gostou, quem não gostou paciência, respeito a todos.”

Por sua vez, Elias Barbosa (PSC), que no primeiro projeto de subsídio foi contrário à proposta, cedeu à pressão e votou favorável para evitar o “caos”, se referindo à falta do transporte, como aconteceu durante um dia de paralisação da empresa concessionária do serviço em Limeira. “Há dias que você tem que sufocar o seu eu e pensar no próximo. O caos não favorece ninguém”, disse.

Hélder do Táxi (MDB), que também mudou seu voto e se posicionou favorável ao projeto, alegou que haverá fiscalização da aplicação do recurso. “O compromisso de fiscalização desse repasse é de todos os vereadores”, disse. “Os secretários (do Executivo) têm que entender que o vereador foi eleito pelo povo, os vereadores merecem no mínimo respeito”, defendeu o vereador.

CONTRÁRIOS
Dos seis vereadores contrários, Waguinho da Santa Luzia (Cidadania) falou ter mantido sua posição com tranquilidade. “Eu vou deitar minha cabeça no travesseiro e dormir hoje com muita tranquilidade, coisa que no início do meu mandato, nos primeiros quatro anos, eu não conseguia fazer, porque eu chegava em casa e ficava pensando os votos que eu dei nesse Plenário, que muitas vezes ia contra aquilo que eu acreditava, aquilo que eu confiava”, afirmou. “Mas hoje eu posso dizer que eu tenho a tranquilidade e a segurança de votar da forma que eu acredito que deva ser votado”, considerou Waguinho.

Ao longo da sessão, Marco Xavier (Cidadania) havia entrado em embate com o vereador Nilton Santos (Republicanos), mas disse ter se arrependido da troca de farpas. “Gostaria de um debate maior, de melhorias no transporte público, mas este não é o momento”, disse.

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