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Vereador de Limeira faz moção de apelo contra projeto de lei polêmico de João Dória

Polêmico, um projeto de lei de autoria do governador João Dória (PSDB), em trâmite na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), estabelece medidas voltadas ao ajuste fiscal e ao equilíbrio das contas públicas. Para isso, o Estado quer extinguir unidades descentralizadas, entre elas a CDHU, o Instituto Florestal e a Fundação Parque Zoológico, além de alterações das alíquotas do IAMSPE e mudanças na gestão e planejamento das universidades estaduais paulistas e FAPESP. Em Limeira, o vereador Farid Zaine (PL) fez moção de apelo para que a Alesp reavalie alguns itens do projeto de lei estadual para que não sejam aprovados.

Dória aponta no projeto que a finalidade da aprovação é viabilizar uma série de medidas para dotar o Estado de meios de enfrentamento da situação fiscal “devido aos efeitos negativos da Pandemia da COVID-19 sobre as receitas públicas”, cita.

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Ainda de acordo com o governador, “houve aumento significativo das despesas públicas, face à necessidade de ações governamentais para o enfrentamento da pandemia, nas áreas de assistência social e saúde, como a aquisição de equipamentos hospitalares, medicamentos e contratação de profissionais de saúde. Por outro lado, as receitas tributárias diminuíram significativamente em razão da crise econômica gerada pela pandemia. A conjugação destes fatores indica um déficit orçamentário da ordem de R$ 10,4 bilhões para o exercício de 2021”, pontuou.

Entre as medidas sugeridas, está a extinção de várias unidades descentralizadas, como a Fundação Parque Zoológico de São Paulo – cujas instalações passariam para a iniciativa privada; a Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima”; a Fundação Oncocentro de São Paulo; o Instituto Florestal; a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU); a Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN); a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo “José Gomes da Silva”; entre outras.

Além da extinção, o projeto de lei prevê a reorganização de alguns setores, entre eles, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE). Para esse caso, o Estado propõe a fixação de alíquotas de contribuição para beneficiários de contribuintes, hoje isentos, e sugere o estabelecimento de alíquotas de 0,5% ou 1% para cada beneficiário e para os contribuintes e agregados de 2% a 3%, a depender da faixa etária do beneficiário, contribuinte ou agregado.

Ao propor a moção de apelo, Farid Zaine cita que várias entidades são contra a elevação das alíquotas do IAMSPE. Entre as entidades, o vereador menciona, e anexou um panfleto, do Centro do Professorado Paulista (CPP), que se mobiliza contra a provação do item.

O parlamentar aponta ainda que a aprovação do projeto de lei “afeta o planejamento e a gestão das universidades estaduais paulistas (USP, UNICAMP E UNESP) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O vereador também se posiciona contra a extinção de alguns departamentos. A moção, após passar pelo plenário, deverá ser encaminhada à Alesp.

Veja a íntegra do projeto estadual aqui.
Veja o texto da moção aqui.

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