Na semana entre 20 e 27 de outubro, os preços no atacado da Ceasa Campinas apresentaram movimentações distintas: enquanto frutas e verduras registraram queda, alguns legumes e raízes, como abobrinha brasileira e batata-doce, tiveram expressivas altas, segundo dados do Sacolômetro.
As verduras apresentaram retração média de 5,3% nos preços. A alface crespa teve a maior queda, com recuo de 14,8%, sendo comercializada a R$ 2,13 o quilo. O técnico de Mercado e Agricultura da Ceasa Campinas, Paulo Palma, explicou que a combinação entre alta oferta e menor consumo, causado pelas temperaturas mais baixas, foi determinante para a baixa.
Outros produtos também acompanharam a tendência. A rúcula caiu 9,9% (R$ 6,43/kg), e a couve-flor recuou 5,5% (R$ 4,94/kg), mantendo bom volume de produção, mas enfrentando baixa demanda.
Frutas têm reduções pontuais; morango volta a subir
No segmento de frutas, o maracujá azedo apresentou uma queda de 17,7%, sendo vendido a R$ 6,36/kg, reflexo do aumento da oferta. A manga Palmer também registrou redução de 10,6% (R$ 4,72/kg), influenciada pela queda no consumo em função do clima mais frio.
Na contramão, o morango voltou a subir após semanas em baixa: o preço teve alta de 33,4%, atingindo R$ 16,67/kg. A alta foi impulsionada pela redução na oferta durante o período.
Legumes têm variação mista; abobrinha dispara
Os legumes apresentaram comportamento variado, com alta média de 1,2%. Entre as maiores quedas, destaque para o chuchu, com recuo de 33,3% (R$ 2,00/kg), e o pimentão verde, que caiu 21,4% (R$ 5,00/kg). O pepino caipira e o tomate débora também registraram queda de 18,2% e 7,1%, respectivamente.
A abobrinha brasileira, por outro lado, teve uma disparada de 55,6%, chegando a R$ 3,89/kg. O aumento se deve ao atraso na maturação, que comprometeu a oferta. Segundo Paulo Palma, o produto liderou as altas da semana.
Outros legumes que registraram aumento foram a vagem macarrão (+16,5%), jiló (+11,2%) e berinjela (+9,3%).
Raízes e ovos mantêm tendência de alta
O grupo das raízes teve alta média de 4,1%, com a batata-doce liderando os aumentos, subindo 25% (R$ 5,00/kg). A beterraba subiu 12,5% (R$ 2,25/kg), e a batata ágata especial, 7,1% (R$ 3,00/kg).
No setor de ovos, o destaque foi para o ovo de codorna, que registrou alta de 15,4%, sendo vendido a R$ 7,50 por 2,5 dúzias. Já os ovos brancos e vermelhos mantiveram os preços estáveis.

