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Venda de imóveis cresce impulsionada pelo financiamento imobiliário

Foto: PhotoMIX Company/Pexels

A moradia é uma necessidade básica da vida. E para adquiri-la no Brasil, as formas mais comuns são através de obtenção de crédito, seja por consórcio, crédito imobiliário direto com as construtoras ou através dos programas de financiamento da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e dos bancos privados.

Na maioria dos casos, as pessoas adquirirem imóveis através do financiamento imobiliário. Isso significa que comprometerá pelo menos 30% da renda mensal da família por um longo período. E isso pode levar em média de 30 a 35 anos para quitar o saldo devedor.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 115,83 bilhões, nos primeiros sete meses de 2021, quando financiaram 499,12 mil imóveis nas modalidades de aquisição e construção.

Desde 2012, quando começou a série histórica do Portal dos Registradores de Imóveis, que armazena todos os dados de transferência de bens imobiliários de quase todo Brasil, nunca se financiou tanto imóvel como agora. O ano de 2020 bateu o recorde de alienação fiduciária, ou seja, de financiamentos imobiliários com próprio imóvel adquirido colocado em garantia, quando somou 79.299 registros

Ainda de acordo com o portal, de janeiro a junho de 2021, somou-se 51.334 registros de imóveis financiados, ou seja, a média se manteve igual nesse ano de 2021 em comparação com 2020.

As taxas de juros dos financiamentos imobiliários estão entre os principais motivos para o crescimento na busca para Comprar Imóvel em São Paulo. Além disso, os bancos também criaram novos índices para correção no crédito imobiliário, como a Poupança, IPCA, Taxa Fixa, dentre outras.

O financiamento imobiliário com Correção pelo rendimento da Poupança é mais uma linha de crédito que a Caixa, Itaú e o Bradesco oferecem para a aquisição do imóvel. Essa linha acompanha a Selic, ou seja, nessa modalidade os juros são compostos por uma parte fixa, mais uma parte variável atrelada com o rendimento da poupança.

A taxa de juros da poupança tem como base 70% do valor da SELIC, ou seja, 3,68% (70% de 5,25% = 3,68%). No caso dos financiamentos, o cálculo é uma taxa fixa aplicada pelo banco + a taxa da poupança (70% Selic) + a TR que está zerada desde 2017.

Enquanto o rendimento for igual ou menor a 8,5% ao ano a caderneta vai render 70% da Selic + a TR. Quando a Selic ultrapassar 8,5% ao ano, a poupança vai ficar fixa em 6,17.

Apesar do aumento nos preços do mercado imobiliário, ainda é uma boa hora para comprar imóveis. É o que diz Robert Furden Jr., advogado e diretor na Faber Magna Investimentos. ‘Se considerarmos o momento atual, posso dizer que vivemos ainda algo interessante no mercado. É importante considerar todo o período histórico, vale lembrar que essa taxa de juros, que hoje está na faixa de 4,5 a 5%, antes chegava a 14%. Então, é um momento bom para comprar imóvel por meio de financiamento porque o aumento não é abusivo.’

Para cada tipo de público, um índice de correção diferente. Contudo, cada comprador precisa estudar o seu orçamento financeiro analisar a vantagens de cada linha e avaliar as condições e os riscos que vão querer correr a curto, médio e longo prazo. Se a ideia for amortizar esse financiamento em um curto período, talvez, o interessante seria arriscar nas novas modalidades, IPCA ou Poupança, porém, se a ideia é de longo prazo, nos 30 anos, a TR é a recomendada, mesmo que neste cenário pareça mais cara, porém o risco será menor com as taxas iguais durante os 360 meses.

‘O melhor índice vai muito da análise do consumidor. Hoje possui uma gama de possibilidades, houve uma grande transformação. Os bancos oferecem contratos mais flexíveis, que mesclam taxa fixa, variável e a possibilidade da escolha de diferentes índices. Isso traz inovação e movimenta esse mercado de uma forma diferente. Dependendo do perfil do consumidor, alguns tipos de consórcio também é uma alternativa a se considerar, pois diminuíram bastante as taxas. Então vale a pena pesquisar e realizar um comparativo, entre as taxas de financiamento, consórcio e também a compra parcelada em leilão, já que essa já é uma prática comum no mercado. Pesquisar é fundamental, o consumidor precisa explorar todas as possibilidades, e só assim fará o melhor negócio’, explica o advogado e diretor na Faber Magna Investimentos.

Além do mais, o déficit habitacional é muito grande no país. As pessoas sonham com a casa própria. Tem aqueles que vão se casar e vão sair da casa dos pais e buscam o seu próprio lar. Tem o casal que se separa e uma das partes precisa de um novo lugar para morar e tem aqueles que a família vai aumentar com a chegada de uma criança e muitas vezes precisam de uma casa maior.

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