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Vamos falar sobre a depressão?

Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Ai, por que você não sai desse quarto e vai tomar um ar, fazer alguma coisa?”, “Você precisa ter mais fé.”, “Eu quando fico assim, triste, sempre ocupo a mente.”, “Isso é frescura de quem está com o tempo livre.”, são frases que escutamos com certa frequência quando falamos em depressão.

Ainda nos dias de hoje muita gente atribui a depressão a tempo livre, tristeza por ‘bobagem’, preguiça ou falta de vontade, falta de fé, etc, mas não a consideram uma doença emocional séria, que maltrata, que causa dor e ansiedade, que ‘suga’ a força, que envergonha e amedronta quem passa por ela.

“A depressão é uma prisão em que você é tanto o prisioneiro como o carcereiro cruel.” Dorthy Rowe

A depressão é uma doença grave, que causa alterações emocionais importantes e que influenciam diretamente na forma como a pessoa percebe, sente e se relaciona com o mundo e com as pessoas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde – OMS – a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo mundo e no Brasil este número já alcança mais de 11,5 milhões de brasileiros.

Ela é uma dor silenciosa e seus sintomas nem sempre são identificados e tratados adequadamente. Trata-se de um distúrbio afetivo que faz com que as pessoas que sofrem deste transtorno sintam uma tristeza profunda, que geralmente não passa, independentemente do que elas façam. Este sentimento de tristeza faz com que haja uma perda de interesse, de forma generalizada, por tudo o que antes o indivíduo até gostava de fazer. Além disso, sintomas como desânimo constante, falta de apetite e de prazer nas coisas, oscilações frequentes de humor, entre muitos outros são muito comuns em quem sofre com a doença.

Atenção: Depressão não é tristeza. Depressão é uma doença e como toda doença precisa de tratamento.

Os sintomas mais comuns da depressão são: Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou “vazio”; Sentimentos de falta de esperança ou pessimismo; Sentimentos de culpa, inutilidade e / ou impotência; Irritabilidade, agitação; Perda de interesse em atividades ou passatempos antes agradáveis, incluindo falta de apetite sexual; Fadiga e falta de energia; Dificuldade de concentração, de se lembrar de detalhes e de tomar decisões; Insônia, excesso de sono; Excesso ou fata de apetite; Dores persistentes de cabeça, cãibras ou problemas digestivos que não melhoram mesmo com tratamento; Cansaço constante; Pensamentos negativos; Alterações gastrointestinais; Tensão muscular; dentre outros.

A depressão, ainda que nos casos mais graves tem tratamento. É preciso que familiares, amigos e o próprio paciente busquem ajuda de um profissional qualificado. O diagnóstico correto é crucial para o bom andamento do tratamento. Médico Psiquiatra e Psicólogo devem ser procurados para que a doença possa ser diagnosticada, tratada e o paciente possa retomar a vida com qualidade, que antes tinha. Além do Médico Psiquiatra e do Psicólogo, a prática de exercícios físicos, alimentação saudável e adequada e amparo na fé (caso o paciente queira e isto faça parte de sua rotina) também colaboram e muito com a melhora do quadro.

É preciso que sociedade deixe de lado os preconceitos que permeiam esta doença e possam começar a compreender que, apesar de não haver exames laboratoriais, raiox, ultrassom que a detecte, ela é extremamente sofrida, séria e suas consequências, caso não tratada com seriedade podem ser gravíssimas.

Encerro com um convite a reflexão: “Nunca despreze as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana.” Augusto Cury

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