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Vai mundo

Há algum tempo, acompanho os textos espetaculares e a rede social do Professor Marcel Camargo. Seus textos, suas postagens na maior parte das vezes são suaves e carregadas de esperança na humanidade. Ele é aquele ‘garimpeiro’ de boas ações e de bons exemplos e de atitudes belas em prol do outro, abnegadas…

Esta semana, pensando em minha coluna e no que escrever, me veio à mente uma postagem dele, com um artigo contando sobre um pai que, sem dinheiro para comprar a fantasia da filha, usou sacolas plásticas para a confecção da mesma, essa foi uma daquelas postagens que salvaram o dia, que me encheram de alegria e reacenderam a esperança na humanidade! Ela me deu aquele calorzinho gostoso no coração!

Talvez pensemos que a solidariedade deva ser algo grande, uma grande doação, que faça uma enorme diferença, que envolva uma boa quantia em dinheiro, uma ação gigantesca … claro que doações grandes e que façam grande diferença na vida das pessoas também são solidariedade, mas não só elas o são.

A solidariedade é caracterizada por um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros.

É aquele momento em que, diante do sofrimento alheio, saímos de nossa condição de conforto, de tranquilidade e optamos por tomar ações para minimizá-lo. Ações que podem demandar muito ou pouco esforço, que podem ou não serem reconhecidas, que podem nos dar muito trabalho ou algum trabalho, mas que nos fazem ver o outro melhor do que antes de nossas ações, que nos fazem sentir um alívio ao ver o sofrimento diminuído. É ver com alegria o sorriso de uma criança, que se alegrou com a fantasia cor-de-rosa confeccionada com sacola plástica, é ver a gargalhada de uma criança brincando com uma bola que ganhou de presente, é ver a satisfação do menino comendo um chocolate, a alegria da menina comendo o algodão doce, é ver o olhar daquele animal abandonado, com fome ou com frio ou machucado, quando socorrido em sua necessidade. Áh, a solidariedade faz um bem! Como faz bem, né?

Mas arrisco dizer que quem é solidário é mais agraciado, fica mais feliz, é mais recompensado do que quem recebe o ato em si. Como é gratificante ver a dor de alguém indo embora, ver a preocupação dando lugar à tranquilidade, testemunhando aquele sorriso largo e sincero surgir farto no rosto de uma criança, ver aquele rabinho do cachorro abanando ao nos ver, um gatinho se enrolando em nossas pernas: como nos aquece o coração!

A cada ação solidária, de amor puro e desinteressado ao próximo, penso: VAI MUNDO, vai mundo, continue, há esperança sim!

Tem tanta gente boa! Tanta gente de coração gigante! Que não pode ver uma necessidade de uma criança, que sai para auxiliar, que não pode ver alguém triste e ‘queimando os neurônios’ e sem saída, que sai para tentar indicar o caminho ou caminhar junto, tanta gente boa que não pode ver um animal em situação difícil, que sai em busca de socorro e auxílio…

Que bom! Desejo que para cada problema, exista uma pessoa solidária! Que a gente descubra as maravilhas de sermos solidários e gostarmos de gente, gostarmos de vida, de toda vida! Penso que é Deus dizendo: Vai mundo!

Encerro a coluna de hoje com a reflexão do querido Rubem Alves: “Deus tem de existir. Tem beleza demais no universo e beleza não pode ser perdida. E Deus é esse vazio sem fim, gamela infinita, que pelo universo vai colhendo e ajuntando toda a beleza que há, garantindo que nada se perderá, dizendo que tudo o que se amou e se perdeu haverá de voltar, se repetirá de novo. Deus existe para tranquilizar a saudade. ”

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