Ícone do site Rápido no Ar

Tempos bélicos pedem muita paciência, diálogo e a busca pela paz

Foto: Alex Green / Pexels

Tempos bélicos estes que vivemos, não? Por todos os lados há brigas, discussões calorosas e violentas, gente espumando de ódio e de raiva, acusações, dificuldade para compreender as diferenças de pensamentos e assim por diante.

Hoje em dia tudo vira uma briga, tudo vira um desentendimento, desaprendemos a ouvir opiniões diferentes da nossa e não ficarmos com raiva e ódio e agredirmos. Por que e pra que isso?

O que ganhamos, afinal?

Durante as últimas semanas estamos nos surpreendendo com notícias de assassinato por divergência de opinião política, isso mesmo, pessoas mataram por causa de diferenças de opinião políticas, também fomos surpreendidos com perseguições de veículo, seguido de morte, também por diferenças políticas. Lemos e soubemos de mortes banais por discussões em bar, dentro e fora, com armas de fogo, com faca…

Onde foi parar nossa racionalidade? Nossa capacidade de usar a razão e o diálogo como ferramenta para a solução de problemas. Se não conseguimos mais conversar sem ofender, xingar, ofender, espumar de ódio e esbravejar, será mesmo que somos capazes de ter porte de armas? Nossos argumentos estão desparecendo e dando lugar a ofensas e brados de ira. Nossa capacidade de ouvir e de escutar o outro, deu lugar a berrar mais alto que podemos, a fim de calar a voz de quem fala. Nossos argumentos estão tão frágeis que não podem ser usados, usamos jargões, frases de efeito, sem sentido algum, mas fazemo-nas caber em nossa violência diária.

Alguém que não sabe escutar, que não sabe argumentar, que não sabe falar e ouvir, que precisa berrar, ofender, espumar de ódio e, por vezes, partir para agressões verbais e físicas não pode dizer que evoluiu nada, pode? Seres primitivos ainda não tinham o diálogo desenvolvido e resolviam suas ‘pendências’ na pancadaria, seguida ou não de morte, para sacramentar a vitória. Que bárbaros, não é mesmo? Sim, depois que desenvolvemos a linguagem falada e escrita, esperava-se que tivéssemos reduzido nossa agressividade e nosso jeito primitivo, mas não foi exatamente isso que ocorreu, não é?

Muitos grupos, feito hienas, saem em bandos num ataque verborrágico contra os demais, agredindo em bandos e causando dor e sofrimento e o único ponto que, de fato, conseguem provar é o fato de serem primitivos, irracionais, violentos, bélicos. Nada mais que isso.

Podemos e devemos pensar diferente uns dos outros. Podemos e devemos ter posicionamento político diferente uns dos outros. Podemos e devemos cada um professar sua fé, ainda que seja uma diferente da outra. Podemos e devemos amar cada um a sua maneira, não há a maneira correta e única de amar, de ter fé, de ter um posicionamento político… A única maneira correta e esperada é que nos respeitemos uns aos outros. Que saibamos escutar, que saibamos falar, que não sejamos agressivos e violentos.

Desejo que cada um de nós possa ser respeitado em suas crenças, suas decisões, sua maneira de encarar o mundo, sua maneira de amar e de exercer seus direitos políticos.
Encerro com um convite a reflexão: “Nunca houve uma guerra boa nem uma paz ruim.” Benjamin Franklin

teste
Sair da versão mobile