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Tempo seco chegando, doenças respiratórias também

Muitos de nós acreditamos que os vírus e bactérias são os grandes vilões para saúde. Entretanto, no tempo seco há um aumento de 60% do aparecimento de doenças, especialmente as respiratórias.

O fechamento das águas de março e início do outono marca justamente essa mudança de clima. Infelizmente para muitos de nós, especialmente para os pequeninos, isso equivale a febres, gripes, crises de rinite, sinusite e asma.

“Quando o tempo está muito seco, as vias respiratórias fazem um esforço maior, pois precisam umedecer bem mais o ar para garantir as trocas gasosas no pulmão. Essa sobrecarga acarreta na diminuição das defesas do corpo”, explica a médica otorrinolaringologista Karina Brunetti.

A médica também afirma que é a época que as crianças adoecem mais. “Isso se deve à imaturidade do sistema imunológico. E a situação piora no tempo seco, quando as vias respiratórias ficam mais suscetíveis”.

Segundo a otorrino, a maioria dos sintomas não deriva do ataque ao corpo, e sim da reação imunológica, porém, existe um limite da atuação de nossas defesas. “A chave é oferecer excelentes condições para que nossa imunidade funcione bem durante o processo, evitando falhas que levam a crises graves e complicações”.

Dentre os cuidados possíveis, como higienização e umidificação de ambientes, a especialista ressalta que a higienização nasal é um passo essencial na prevenção: “O trato respiratório é principal via de entrada do nosso corpo. A lavagem nasal é o cuidado mais importante, pois mantém as vias hidratadas e desobstruídas. Por isso é o melhor tratamento não medicamentoso e pode ser feito em casa”

A lavagem nasal deve ser realizada exclusivamente com soro fisiológico e promover a remoção de partículas, secreções e microrganismos acumulados. “Há diversos dispositivos disponíveis, porém o melhor método de lavagem nasal deve gerar um fluxo com pressão positiva e de grande volume de soro fisiológico que arraste as sujidades para fora das cavidades nasais diminuindo o risco de inflamações e infecções” e relembra o antigo ditado: “A prevenção é o melhor remédio”

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