Ícone do site Rápido no Ar

Temendo greve dos caminhoneiros, motoristas formam fila em postos de combustíveis em Limeira

Motoristas de Limeira (SP) formam fila em postos de combustíveis na noite deste domingo (31), temendo uma possível paralisação dos caminhoneiros marcada para acontecer nesta segunda-feira (1º).
A equipe do Rápido no Ar percorreu alguns postos e flagrou filas de veículos temendo a falta de combustível.

A greve dos caminhoneiros vem ganhando força e parte dos motoristas afirmam que devem parar nesta segunda. O presidente do CNTRC, Plínio Dias, disse que a categoria não irá bloquear as estradas, deixando faixas livres. “Vamos fazer a manifestação dentro da Lei. Temos o direito de conscientizar a categoria. Somos um País democrático e está na Constituição o direito de fazer manifestação livre.”


Uma liminar concedida pela Justiça Federal do Rio no sábado proíbe caminhoneiros em greve de bloquear, mesmo que parcialmente, a rodovia BR-101, que margeia o litoral do País. A decisão vale para todo o trecho da BR-101 no Rio. Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedida na sexta-feira (29), já havia proibido bloqueios da Rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116 que liga São Paulo ao Rio.

Além do fim da política de paridade ao preço internacional dos combustíveis, a pauta de reivindicações da categoria tem outros nove pontos. Mas outro tema urgente, segundo Dias, é a modificação da redação do projeto 4.199/2020, o BR do Mar, que, segundo o dirigente, dá vantagem para empresas estrangeiras no transporte de cabotagem, o que favorecia a contratação de empresas frotistas para fazer o frete em detrimento de caminhoneiros autônomos. “Os caminhoneiros estão preocupados em perder emprego”, diz ele, argumentando que não foi avaliado o impacto social do projeto e nem as condições da categoria nos portos do País, que fica “ao relento”.

A pauta também discute aposentadoria especial para a categoria, o cumprimento do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, respeito à jornada de trabalho e maior fiscalização da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), entre outras reivindicações.

Entidades de transporte se dividem em relação à greve
A posição de entidades do setor de transporte mostra um setor dividido em relação à greve dos caminhoneiros. Enquanto o CNTRC afirma que o movimento está em pé, outras duas entidades da área – a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) – reforçaram que não participarão do movimento.

“Quem (teria a culpa) de desabastecimento do País se o movimento se prolongar por 3, 4, 5 dias, como foi na época do presidente Michel Temer, quando durou 11 dias, não são os caminhoneiros, é quem é responsável pela pasta. Se o presidente chamar para conversar no primeiro dia e resolver, todo mundo volta a trabalhar no dia seguinte. Até agora não teve diálogo com Conselho Nacional ou com a categoria.”

O presidente do CNTRC também disse que a categoria não irá bloquear as estradas, deixando faixas livres. “Vamos fazer a manifestação dentro da lei. Temos o direito de conscientizar a categoria. Somos um País democrático e está na Constituição o direito de fazer manifestação livre.”

Uma liminar concedida pela Justiça Federal do Rio no sábado proíbe caminhoneiros em greve de bloquear, mesmo que parcialmente, a rodovia BR-101, que margeia o litoral do País. A decisão vale para todo o trecho da BR-101 no Rio. Uma decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedida na sexta-feira (29), já havia proibido bloqueios da Rodovia Presidente Dutra, trecho da BR-116 que liga São Paulo ao Rio.

Posição contrária
Já a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) e a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) reforçaram que não participarão da paralisação. Ambas também afirmaram que o momento atual, no meio da pandemia de covid-19, não é propício para greves.

O presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, um dos principais líderes da greve de caminhoneiros de 2018, reconheceu que a categoria não pode ficar de “braços cruzados” e precisa reivindicar as conquistas do movimento anterior, em 2018, mas argumentou que a manifestação atual ganhou cunho político e está polarizada, com parte defendendo o presidente Jair Bolsonaro e outra parte contrária.

Na CNTA, o assessor executivo Marlon Maues reconheceu que existe uma insatisfação da categoria, mas disse que a paralisação deveria ser o último recurso para pleitear interesses. “A CNTA tem uma agenda positiva junto ao governo há dois anos, com 18 pontos itens e reuniões quinzenais ou mensais com o ministério da Infraestrutura para estender e destravar a contratação.

teste
Sair da versão mobile