O governo do Estado de São Paulo vai distribuir kits de materiais impressos aos 3,5 milhões de alunos da rede estadual e também para estudantes de 470 escolas municipais.
As apostilas, livros paradidáticos e gibis da Turma da Mônica custaram, segundo o governador João Doria (PSDB), R$ 19,5 milhões. Além disso, há um material destinado aos pais e responsáveis, orientando como estudar em casa durante o período de suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia do novo coronavírus.
A Secretaria da Educação antecipou as férias e recesso escolar no dia 23 de março como forma de evitar a propagação do coronavírus. As aulas serão retomadas no dia 27 de abril, data em que começa a distribuição do material escolar.
Os alunos deverão retirar os materiais nas escolas, de forma escalonada. O calendário ainda será divulgado. A distribuição para os cerca de 10% de alunos que moram em áreas rurais será feita por meio do transporte escolar regular.
De 22 a 24 de abril, professores receberão formação com orientações sobre a forma de ensino durante o período de suspensão das aulas presenciais.
A Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) emitiu um comunicado indicando a possibilidade de antecipação de parte das férias de julho para maio.
O restante do recesso de 30 dias ficaria para outro período do ano, em razão do isolamento social. “Caberá a cada associada encontrar a solução mais adequada”, comunicou o órgão.
Apesar da sugestão, a Abepar reconhece que a manutenção do calendário oficial, com a continuidade do ensino a distância em maio e as férias em julho, é “perfeitamente recomendável” para algumas das suas escolas associadas.
A associação abrange 23 instituições privadas, como Bandeirantes, Móbile, Pentágono, Santa Cruz e Vera Cruz.
Adaptação
“Não há uma solução única capaz de dar resposta adequada às realidades e às demandas das diferentes comunidades escolares envolvidas. Diante disso, é necessário adotarmos uma estratégia flexível que permita a cada escola atender a sua comunidade da forma mais satisfatória possível”, disse a associação das particulares em seu informativo.
O comunicado de ontem corrobora com o que disse o diretor da Abepar, Mauro Aguiar, no fim de março. O órgão previa a continuidade do ensino a distância nos meses de abril, maio e junho, com a manutenção das férias em julho e o retorno das aulas presenciais em agosto. “Vamos seguir essa linha e terminar o semestre”, afirmou Aguiar na época.
O Ministério da Educação autorizou o ensino a distância de instituições federais em 18 de março, há cerca de um mês, por meio de publicação no Diário Oficial da União.
A entidade liberou a substituição de disciplinas presenciais por aulas que utilizem meios e tecnologias de informação e comunicação em cursos que estão em andamento.