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SP confirma dois casos da nova variante do coronavírus no estado

Foto: Governo de São Paulo / Divulgação

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira, 4, os dois primeiros registros da nova variante do coronavírus no País. Os casos já haviam sido divulgados no dia 31 de dezembro pelo Grupo Dasa, rede privada de laboratórios, e foram confirmados após o exame ser repetido pelo Instituto Adolfo Lutz, vinculado ao governo paulista.

Trata-se da cepa B.1.1.7, detectada originalmente no Reino Unido e já identificada em diversos países do mundo. Embora não pareça ser mais letal, ela é 56% mais contagiosa.

A confirmação dos casos brasileiros foi feita pelo Laboratório Estratégico do Adolfo Lutz após o sequenciamento genético de amostras encaminhadas pelo laboratório privado no sábado (2).

Anteriormente, o genoma do vírus havia sido sequenciado pela Dasa em parceria com pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP).

De acordo com a Secretaria da Saúde, um dos paciente identificados com a nova cepa do coronavírus é uma mulher de 25 anos, moradora de São Paulo e que se infectou após contato com viajantes que passaram pela Europa e estiveram no Brasil. “Começou a apresentar sintomas no dia 20 de dezembro, com dor de cabeça, garganta, tosse, mal estar e perda de paladar, com PCR realizado em 22 de dezembro”, informou a pasta.

O outro infectado é um homem de 34 anos e a equipe de Vigilância Epidemiológica está investigando o histórico do caso, local de moradia do paciente e sintomas.

Em nota, a pasta destacou que, até o momento, não há comprovação científica de que a variante inglesa encontrada no Brasil seja mais virulenta ou transmissível em comparação a outras previamente identificadas. Isso porque, diz a secretaria, “o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos, por exemplo”.

De acordo com a secretaria, as sequências realizadas pelo Lutz foram comparadas e mostraram-se mais completas que a primeira identificada pelo próprio Reino Unido. “Todas estão depositadas no banco de dados online e mundial GISAID” (Iniciativa Global de Compartilhamento de Todos os Dados sobre Influenza), disse a pasta.

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