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Sobre nos conhecermos bem!

Vivemos uma época que impera o “que todos fazem”, a “moda que é correta”, “as profissões do futuro”, “os pensamentos que são corretos”, “o corpo bonito”, “a vida adequada, a única que faz feliz”, “a melhor foto do instagram”, “a viagem da moda” e assim por diante!

Saímos agindo ‘sem pensar’, buscamos tais ideais, custe o que custar, nos desgastamos para atingir as metas sociais e de vida a nós impostas (e pior, impostas pelos outros e por nós mesmos, sem reflexão). Seguimos e batalhamos para atingi-las sem pensar se seremos felizes assim, se o que tanto buscamos nos fará bem, nos trará bons sentimentos, nos ajudará a viver em paz.

Nos inquietamos, nos estressamos, ficamos tensos, sentimo-nos falhos, não compreendemos, muitas vezes, porque não estamos dando conta de sermos ‘bem-sucedidos’ em nossos planos de vida.

Aquele sentimento de fracasso toma conta de nós! Por que não consigo? Por que não dou conta? Por que parece que todos dão conta e eu não? Nos sentimos derrotados, péssimos, tristes.

Enquanto pensava nessa coluna, me lembrei de uma reflexão profunda de Pe. Fábio de Melo: “Um dia você descobre que não é infalível. E então passa a dizer não sem herdar o peso da culpa, a não aceitar que sua vida seja medida com a régua dos outros. A sua relação com o tempo passa a ser diferente. Dedicação fiel ao que realmente importa, relativização transgressora do que não interessa. Porque quando tomamos consciência de nossa impermanência e falibilidade, todos os nossos sentidos se abrem para um único movimento: o de viver sem desconsiderar o que nos pede o coração.” Pe. Fábio de Melo

Sim, somos seres que falham, sim, somos únicos e diferentes uns dos outros, não ficaremos aqui para sempre, o que nos motiva, o que nos faz brilhar os olhos muda de pessoa para pessoa, graças a Deus, por isso o auto-conhecimento é tão importante, é fundamental, para nos ajudar a viver em paz, lutar por aquilo que realmente queremos, adotarmos um estilo que realmente seja o nosso, buscarmos ideais que nos definam, lutarmos por causas que realmente acreditemos…

Quantas vezes buscamos o estilo ideal, aquele que todos os ‘blogs’ definem como o estilo atual e da moda, ainda que possamos nos sentir péssimos assim. Quantas vezes fazemos de tudo para andar com determinada turma, pois esta é a turma ‘do momento’, a badalada e, junto deles, parecemos um ‘peixe fora d´água, quantas vezes não almejamos a empresa perfeita, o cargo ideal e chegando nele, nos sentimos tristes e fracassados, infelizes… Por que será?

Talvez por estarmos nos forçando para caber neste estilo, nesta turma, nesta empresa e neste cargo, mas nossa alma e nosso coração, sentem-se pertencendo a estes lugares?

Skinner sabiamente pontua que “O auto-conhecimento tem um valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’, por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu próprio comportamento.”, isto é, se nos conhecermos bem e de forma mais completa, podemos prever melhor e controlarmos nossos comportamentos, nossos desejos, evitando esforços para atingir metas, que, talvez nem sejam as nossas metas.

Sendo assim: use sua calça jeans, camiseta e tênis e sinta-se ótimo, faça sua dança de salão, que sempre foi seu sonho, e seja feliz, assista seu filme antigo, de cinema mudo, que ninguém gosta e tenha bons momentos de prazer, seja amigo daquela pessoa que você gosta mesmo, ainda que ela não seja o amigo famoso ‘do momento’, mas compartilhem a vida e a felicidade de ter um amigo de verdade, estude o que gosta, ainda que não esteja ‘na moda’ ou ‘dê dinheiro’ (até porque nenhuma profissão dá dinheiro, somente o trabalho remunera), use a cor que gosta, mesmo que digam que é ‘brega’ … ouse ser você, ouse se conhecer, nós só vivemos uma vez!

Encerro com a frase de Bridget Jones, do filme “O diário de Bridget Jones” (que recomendo a vocês assistirem, se quiserem): “Não existem pessoas certas e erradas. A que for a errada para você, com certeza será a certa de outro alguém.”.

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