O número de notificações por suspeita de contaminação pela substância dietilenoglicol na cerveja Belorizontina subiu de 19 para 21, conforme balanço divulgado nesta segunda-feira, 20, pela Secretaria de Estado de Saúde. Os dois novos casos são de moradores de Belo Horizonte, município que passa a registrar 14 casos suspeitos. Os outros sete são do interior do Estado, das cidades de Capelinha, Nova Lima, Pompéu, Ubá, São João del Rei, Viçosa e São Lourenço.
A suspeita é de que a contaminação possa ter ocorrido depois que as vítimas tomaram a cerveja, fabricada pela Backer. O laudo necroscópico de uma das vítimas já apontou a presença de dietilenoglicol no sangue. O caso da contaminação é investigado também pela polícia. Das 21 pessoas, quatro morreram. A corporação já pediu à Justiça a exumação de uma das vítimas, que vivia em Pompéu. A vítima era uma mulher de 60 anos e morreu no dia 28 de dezembro. A família já confirmou às autoridades que ela tomou a cerveja da Backer.
De acordo com a Vigilância Sanitária de MG, as pessoas possivelmente intoxicadas com a substância apresentaram sintomas iniciais como dores abdominais e vômitos. Pacientes também apresentaram cegueira, perda de movimentos de cima para baixo e paralisia facial.
No total, o Ministério da Agricultura já identificou 32 lotes de bebidas da Backer contaminados. Segundo o ministério, “diante do risco iminente à saúde pública a Anvisa definiu pela interdição das marcas da cerveja com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020.”
Veja em quais produtos da Backer foi encontrada a substância:
Belorizontina
Capixaba
Capitão Senra
Pele Vermelha
Fargo 46
Backer Pilsen
Brown
Backer D2
Corleone
Backer Trigo
As autoridades de saúde pedem que, em relação a pessoas que tenham a cerveja em casa, não a joguem no lixo. A entrega deve ser feita, no caso de Belo Horizonte, nas administrações regionais da capital. Quanto a bares e restaurantes, a recomendação é para que os proprietários dos estabelecimentos entrem em contato com a empresa.