Sem acordo sobre reajuste salarial, os servidores municipais de Piracicaba (SP) iniciaram uma greve, nesta sexta-feira (1º). Ao longo das negociações, a categoria negou três propostas da prefeitura.
A greve foi anunciada em 25 de março, quando a última oferta foi rejeitada. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Piracicaba, a última proposta enviada pela prefeitura foi a seguinte:
• 14,04% em duas parcelas, sendo 10,56% com pagamento em março e 3,17% a ser pago em julho;
• Restante seria parcelado entre 2023 e 2024 da seguinte forma: reposição inflacionária mais 3,17% a partir de julho de 2023 e reposição inflacionária e mais 3,16% a partir de março de 2024.
A proposta aprovada pelos servidores para ser encaminhada para a prefeitura foi de um amento de 15% imediatamente e mais 6% em maio. Uma lei federal impediu reajustes para o funcionalismo público em 2020 e 2021, devido aos impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus.
O primeiro ato dos grevistas aconteceu no início da manhã desta sexta-feira na frente da prefeitura da cidade. Dezenas de servidores se reuniram com cartazes, apitos e batendo panelas.
O sindicato informou que os serviços essenciais como tratamento de água e esgoto, atendimentos médicos de urgência e emergência, farmácias de distribuição de medicamentos não serão afetados. O atendimento ao público deve manter o mínimo de 40% exigido por lei.
Luciano Almeida, prefeito de Piracicaba, informou através das redes sociais, que o reajuste oferecido à categoria é o maior dos últimos 20 anos. Ele ainda tranquilizou os funcionários afirmando que a greve não é obrigatória.
A Justiça de Piracicaba concedeu uma liminar nesta quinta-feira (31), a pedido da prefeitura, no qual proíbe que o sindicato impeça servidores que não pretendam aderir à greve de ingressar nos seus locais de trabalho, aglomerações em locais que impeçam a passagem de pedestres e veículos em vias públicas. Além disso, que proíba a montagem de estrutura ou acampamentos nas ruas e praças públicas no entorno dos prédios públicos. A multa diária para o caso de descumprimento é de R$ 50 mil.
Em nota oficial, a prefeitura do município informou que considera todos os serviços públicos como essenciais, “uma vez que impactam diretamente no cotidiano do município, como saúde, educação, segurança, abastecimento de água, trânsito, transporte público, entre outros”.
“A Prefeitura espera que o movimento grevista respeite o que prevê a legislação e não afete os serviços públicos em sua essencialidade. Caso o respeito e a ordem não sejam mantidos, pedimos que a população comunique a Prefeitura por meio do SIP-156”, conclui o comunicado.