Os servidores públicos de Limeira (SP) iniciaram uma paralisação em frente ao Paço Municipal na manhã desta segunda-feira (13). De acordo com o Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel), a reivindicação é motivada pela falta de acordo sobre o reajuste salarial.
Na última sexta-feira (10), o Sindsel apresentou 51 reivindicações da categoria, incluindo um reajuste salarial de 15% e vale alimentação para todos os cargos, em uma mesa de negociação com a administração municipal. No entanto, a administração ofereceu um reajuste de 5,77% e propôs um reajuste do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março de 2022 até fevereiro de 2023, de 5,63%.
O sindicato informou que as reivindicações foram ignoradas, o que motivou a greve com cerca de 1500 participantes, incluindo funcionários da área da educação e saúde. Em nota, o sindicato destacou que a mobilização tem como objetivo buscar mais qualidade no serviço público, valorização da categoria e concursos públicos para que o trabalho não continue sendo sucateado por meio de processos seletivos emergenciais.
Uma liminar assinada pela juíza da Vara da Fazenda Pública de Limeira, Sabrina Martinho Soares, também foi publicada na noite de sexta-feira (10), exigindo que o Sindsel garanta 100% de funcionários em serviços essenciais durante a paralisação. O não cumprimento da decisão resultará em uma multa diária de R$ 50 mil, até o limite de R$ 500 mil.
Na decisão, a juíza alega que há “perigo de dano concreto na paralisação almejada pelo sindicato”, principalmente em relação aos serviços relacionados à educação, saúde, transporte e segurança da população. A juíza também argumenta que o Sindsel não previu a garantia da prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade ao anunciar a paralisação em ofício dirigido à Prefeitura.
