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Seres humanos sendo seres humanos

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Não raro escutamos a frase: “Seres humanos sendo seres humanos”; ela seria muito interessante e uma frase ‘feliz’ se descrevesse o senso de humanidade presente em cada um de nós, o amor ao próximo, o companheirismo, a ajuda mútua, a amizade sincera, às relações baseadas em verdade e respeito, mas, não, infelizmente não… escutamos e dissemos a afirmação acima, quando nos deparamos com ações reprováveis, deploráveis, feias, de outros seres humanos.

Te pergunto: O que nos falta?
Diz Sébastien-Roch Chamfort : “O ser humano tem até de experimentar o amor, para que compreenda bem o que é a amizade.”

Isso nos diz tudo e seria ‘auto-explicativo’ para que nos relacionássemos bem e de forma cordial, buscando nos ajudar uns aos outros, vibrando com o sucesso de nossos amigos e conhecidos e oferecendo ajuda em momentos de crise (ainda que a ajuda possa ser apenas um abraço amigo, uma escuta carinhosa), mas infelizmente, não é o que assistimos de grande parte das pessoas.

Muitas vezes escutamos: ‘Fulano montou um negócio, está feliz da vida’ e logo vem o comentário: ‘Iiiii, mas do jeito que ele é, logo, logo quebra, não sabe administrar não, quero só ver.’, ou ainda: ‘Nossa, Cicrana está passando por uma dificuldade grande, coitada.’, e vem: ‘Áh, mas isso é bem feito mesmo pra ela aprender, estava demorando.’, ou ‘Olha o sucesso de Bertrano! Quem diria que se daria tão bem na vida!’ e ouvimos: ‘Também, do jeito que as coisas ‘caem do céu’ pra ele até eu, assim é fácil, quero ver batalhar.’… dentre outras.

O pior de tudo: Isto é o que é dito, falado, mas existem as ações, existem pessoas deliberadamente prejudicando às outras, negando uma ajuda tão simples e fácil, mas tão vital, sendo absolutamente maldosos em seus relacionamentos, desejando e curtindo com o fracasso ou o sofrimento dos seus semelhantes.

Mas por que fazemos isso? Vamos pensar juntos: o que nos leva a sermos cruéis, maldosos, mesquinhos, negarmos ajuda, torcermos pelo fracasso e sofrimento dos demais?

“A nossa própria natureza, enquanto seres humanos, é que dentro de nós trazemos sempre conosco tendências destrutivas, conscientes ou inconscientes, direcionadas tanto para nós mesmos como para o mundo exterior. ” BJÖRKMAN, Stig

Sim, temos uma tendência destrutiva, todos nós temos, é inerente ao ser humano. A maldade faz parte de nós! “Áh, ufa, que bom! Posso ser maldoso a vontade, certo?”. E R R A D O. Erradíssimo!!! Se sabemos de nossa tendência e se conhecemos esta tendência que mora dentro de nós, cabe a cada um evita-la, cabe a nós buscarmos ser melhor, cuidarmos para não ‘soltar o monstro que existe em cada um’. E por que? Por que mesmo faríamos isso?

Para vivermos em harmonia, em paz, para buscarmos a convivência saudável e genuinamente construtiva com os demais. Para crescermos emocionalmente e como pessoa, para que possamos melhorar o ambiente ao nosso redor, nosso ‘pequeno mundo’ e com isso esperar que o mundo melhore.

Sabiamente dizia Albert Einstein: “A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos. ”.

Sim, sem estarmos verdadeiramente em paz, estaremos nos comportando como predadores, não como seres humanos, não como pessoas que sentem, que pensam, que compreendem o mundo ao seu redor, que compreendem que as pessoas sentem, sofrem, alegram-se, erram, acertam, que todas as pessoas o fazem, inclusive nós mesmos.

Aproveitemos o clima de Natal, o final de ano, de início de novo ciclo, cheirinho de ano novo no ar e vamos nos revestir de reflexões acerca de nossas ações e de nossas atitudes. Vamos buscar tornarmo-nos seres humanos melhores, mais empáticos, mais disponíveis, mais compreensivos.

Isso ajudaria demais às pessoas ao nosso redor, correto? Errado! Isto nos ajudará muito! Nos fará sentirmo-nos melhor, nos orgulharmos de nós mesmos, de nossas ações, nos orgulharemos de quem estamos nos tornando, dos pensamentos e das ações que estamos desenvolvendo. Isto nos fará bem! Muito bem!

Obviamente que o mundo ao nosso redor ficará um pouco melhor, logicamente que daremos bons exemplos, que possibilitaremos boas reflexões e quem sabe ao final de 2018 já consigamos dizer: ‘Seres humanos sendo seres humanos.’, querendo de fato mostrar boas ações e boas coisas vindas das pessoas.

Encerro com o convite a reflexão: “Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que não fazemos e o que impedimos de fazer.” Albert Camus

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