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Serenidade: caminho para estarmos em paz

Vivemos sim, tempos de muito fervor, de muito ‘calor’, de muita discussão e discórdia. Cada um de nós tem uma opinião diferente do outro e isso é saudável. As pessoas agem de forma diferente, acreditam de forma diversa, têm vivências diferentes, valores e crenças diversos também. A cada um de nós é concedido o direito à individualidade, de agirmos, pensarmos e vivermos de forma livre, claro, sem ultrapassar normas e regras estabelecidas pela sociedade e legalmente.

Se somos livres, se nossas diferenças pessoais e individuais, de pensamentos e de ações são parte da diversidade que caracteriza uma sociedade e faz dela completa, complexa, única, entrelaçada, que ensina e que aprende, por que a briga, a discussão e o desentendimento?

Umberto Eco, atemporal, já dizia: “Fundamentalistas dão um toque de arrogante intolerância e rígida indiferença para com aqueles que não compartilham suas visões de mundo.”.

Lamentavelmente, atônitos, assistimos pessoas, em pleno 2018, ofenderem, brigarem, segregarem, agredirem outros que pensam, agem, vivem ou agem de forma diferente da delas.

Podemos professar uma fé diferente do outro, mas precisamos respeitá-lo e compreender que cada um tem a liberdade de ‘chegar até Deus’ da maneira que acredita e que melhor lhe define enquanto ser humano, fiel, membro de uma comunidade. “Ter fé é saber que apesar de todos os desvios e atrasos chegaremos ao lugar onde Deus tem nossa felicidade plena guardada.” Autor desconhecido.

Nossas famílias podem ser diferentes umas das outras, com mais ou menos gente, modernas ou tradicionais, complexas ou ‘simples’, mas todas são famílias, a base que as une é o amor, o sentimento de pertença e o cuidado uns com os outros, sendo assim, cada família deve ser respeitada e tratada com cuidado e atenção, com respeito e amor. “Paz e harmonia: eis a verdadeira riqueza de uma família.” Benjamin Franklin. Que possamos nós também experimentarmos a paz e a harmonia e que permitamos que todos tenham tranquilidade para viver em paz.
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Podemos pensar diferente uns dos outros e, em grande parte das vezes, o fazemos, mas podemos e devemos respeitar ao outro e ao seu direito a elaborar um pensamento diferente do nosso. Podemos exercitar a maturidade e buscarmos compreender com o pensamento diferente que o outro nos apresenta e, quem sabe, até aprender uma nova maneira de pensar, ou refinar nossa maneira de pensar ou ainda reafirmar que nosso pensamento não mudou, apesar do respeito integral ao pensamento do outro. Pierre Nouy, afirma que: “Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual.”.

Essa semana que se inicia, promete ser tensa, em virtude das eleições e das divergências de opinião sobre os dois candidatos melhor colocados na pesquisa, até o presente momento, entretanto, independente de quem apoiemos e acreditemos e vice-versa: de quem não apoiemos ou desacreditemos, o respeito é não negociável. É não negociável aceitar a opinião do outro e o pensamento dele, ainda que oposto ao nosso.

Em tempos ‘modernos’ de Facebook, Tweeter, Instagram, as pessoas ficam mais corajosas, ops, mais invasivas, intolerantes e sem filtro para sua fala. Lemos, boquiabertos, frases do tipo: “Apague isso!”, “Mude o que escreveu”, “Retire essa frase”. Como assim?! Quando foi que existiu uma autoridade unânime dentro de redes sociais que pode determinar o que pode ou não ser pensado e escrito (claro que se for aceitável, legal e não ofensivo) ?!

N U N C A! Não caia nesta tentação! Você, eu, nós temos opiniões perfeitas, acertadas, lindas e nossas! Por isso mesmo são nossas! E são corretas, coerentes, únicas, geniais (PRA NÓS). É preciso que recordemos sobre respeito e sobre inconveniência! Sim! Respeitar ao outro, seu modo de ser, de pensar e seu sentimento é imprescindível e sim, tentar impor algo aos demais é inconveniente e fala muito sobre quem impõe, deixa claro sua intransigência, seu egocentrismo, seu desrespeito, seu egoísmo e seu despreparo para viver em sociedade.

Encerro a coluna desta semana, com um convite a reflexão sobre uma frase de Albert Einstein, que considero muito apropriada a este momento: “Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia.”

“A paz invadiu o meu coração
De repente, me encheu de paz
Como se o vento de um tufão
Arrancasse meus pés do chão
Onde eu já não me enterro mais…” Gilberto Gil

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