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Sentimento que a morte produz nos animais é semelhante a dor do luto

O luto é um sentimento profundo oriundo de uma perda importante na vida. Pessoas enlutadas experimentam traumas tanto físicos quanto emocionais, enquanto tentam adaptar suas vidas aos abalos trazidos pela perda.

Há muito tempo os psicólogos reconheceram que o luto experimentado pelos tutores de animais após a morte deles, é o mesmo experimentado após a morte de uma pessoa. A morte de um animal de estimação significa a perda de um amor incondicional, enfatiza Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.tur.br).

Esses sentimentos podem ser especialmente intensos nos idosos, nas crianças e nos casais sem filhos. As crianças tendem a ficar enlutadas por um período mais curto, mas a sua dor não é menos intensa. Crianças, também, tendem a voltar ao assunto com mais frequência e, precisam ser encorajadas a falar livremente sobre o animal, oferecendo-lhe muito carinho e conforto.

Até os três anos, a única coisa que a criança entende é que o animal não estará lá mais com ela, mas não percebe que a morte é irreversível. A partir dos sete anos a criança já entende melhor o conceito da perda. Depois dos 12 anos, ela tem capacidade para entender e aceitar todo o processo da perda. É importante que seja esclarecido neste período de luto, que a morte faz parte do ciclo da vida, é algo natural que vai acontecer com todos os seres vivos. Não é aconselhável se apressar para dar outro animal.

O ideal é que a criança consiga recordar as histórias do animal que perdeu, valorizando-o e não o vendo como objeto. Deixe que ela chore não a force a sentir-se melhor. As crianças necessitam de mais tempo para compreender o que é morte. Deve-se falar sempre a verdade para a criança, evitando que ocorram traumas no futuro.

“A conscientização neste processo educativo deve enfocar, que assim como as listras das zebras são iguais às impressões digitais dos humanos, no caso dos cães, a impressão digital fica no focinho, provando desta forma, que cada animal é único e insubstituível”, afirma Vininha F. Carvalho

A observação do ciclo de vida de um animal ajuda-nos a entender melhor as nossas próprias fases da vida. O luto é provavelmente a sensação mais confusa, frustrante e dolorosa que uma pessoa pode sentir. É ainda mais para proprietários de animais. A sociedade, em geral, não dá a essas pessoas “permissão” para demostrar a sua dor abertamente. Dessa forma, os proprietários frequentemente se sentem isolados e sozinhos.

A tristeza causada pela sua falta do animal de estimação aos idosos pode ocasionar inúmeras reações, surgindo sentimentos de culpa ou medo. Não existe mais para o proprietário aquele ser especial que lhe oferecia amor e proteção. A pessoa enlutada se sente extremamente triste, desesperançada, inútil e cansada. Muitos adquiriram seu animal para combater a solidão, pois muitos são viúvos, divorciados e não possuem parentes e, viviam felizes na companhia deste amigo inseparável.

Após a morte do animal, é preciso que seja encontrado um novo estímulo, para que a pessoa continue se exercitando e cuidando da higiene da casa. A adoção de um novo animal é uma boa opção para restabelecer o equilíbrio emocional.

Segundo Vininha F. Carvalho, os animais criam laços muito fortes entre eles. Na verdade, animais que perderam um companheiro podem exibir vários sintomas idênticos aos experimentados pelo proprietário enlutado O animal sobrevivente pode ficar inquieto, ansioso e deprimido. Ele pode suspirar com frequência, e ter dificuldade para comer e dormir. É comum que os animais procurem por seus companheiros mortos e exijam mais atenção dos seus tutores. Mesmo animais que parecem ter dificuldade para se relacionarem podem exibir fortes sinais de estresse quando morre o outro animal da casa

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