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Seleção feminina empata com Holanda por 3 a 3 na Olimpíada

Sam Robles / CBF

No grande teste da fase de grupos, a seleção brasileira feminina de futebol empatou com a Holanda por 3 a 3, neste sábado, em Miyagi, nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Com o resultado, as duas rivais lideram o Grupo F com quatro pontos. China e Zâmbia, que empataram por 4 a 4, somam um cada.

O resultado deixa a seleção brasileira muito perto das quartas de final. No último jogo, o Brasil vai enfrentar Zâmbia e só precisa de um empate. O jogo será na próxima terça-feira, em Saitama. O time brasileiro só não avança se houver uma grande zebra na última rodada.

Com boa atuação de Ludmila, que entrou no segundo tempo, o Brasil controlou boa parte do jogo diante a vice-campeã mundial, atual campeã europeia e uma das favoritas à disputa por medalha. A atacante Marta fez seu terceiro gol em Tóquio e chegou ao seu 13.º na história olímpica. A camisa 10 se aproxima de Cristiane, artilheira máxima dos torneios olímpicos com 14.

O Brasil começou a partida em dificuldades. A Holanda conseguiu a vantagem no placar no primeiro ataque, aos 2 minutos. Erica tentou se antecipar na disputa com Viviane Miedema, mas perdeu. A holandesa girou e finalizou bem para abrir o placar. Belo gol da artilheira na falha de marcação do Brasil no centro da área.

Mesmo com certa lentidão na saída da defesa para o ataque, o Brasil soube reagir e conseguiu criar boas jogadas para tentar empatar. Teve posse de bola, aproveitando os espaços dados pelo time holandês. A mobilidade do ataque, principalmente com Debinha, conseguiu confundir a defesa rival. Esse setor se mostrou o ponto fraco da atual campeã europeia e vice mundial.

Essa boa atuação levou ao empate aos 15 minutos. Após boa jogada na linha de fundo de Duda, Debinha chutou rasteiro para igualar. O gol foi a consequência de uma bela atuação da atacante que é a artilheira da “era Pia” com 14 gols.

O Brasil apresentou problemas na parte defensiva, principalmente pelo lado direito. Foi em cima da zagueira Bruna Benites, improvisada como lateral, que a Holanda mostrou seu grande poder ofensivo. O Brasil respondia na força da jogada aérea. A virada quase veio no final do primeiro tempo com bela cabeçada da Rafaelle.

A técnica Pia Sundhage conseguiu mudar o panorama da partida com as substituições no segundo tempo. A entrada de Ludmila no lugar de Bia Zaneratto, por exemplo, deixou a seleção mais veloz, com maior mobilidade pelo lado direito. Sempre levando vantagem sobre a marcação, Ludmila fez com que o Brasil sempre rondasse a área rival.

A Holanda fez o segundo gol quando estava acuada na partida. Após cruzamento, Miedema fez de cabeça – a goleira Bárbara falhou. Novamente, a atacante levou vantagem e chegou aos 74 gols com a camisa laranja. Aos 22 minutos, Ludmila conseguiu carimbar sua boa atuação com a virada. Na falha da zagueira Nouwen, que atrasou mal, Lud driblou a goleira Van Veenendaal e marcou.

Quando o Brasil se preparava para recuar as linhas de marcação para atuar no contra-ataque, a Holanda busca a igualdade. Em bela cobrança de falta, Jannsen colocou no ângulo da goleiro Bárbara.

FICHA TÉCNICA

HOLANDA 3 x 3 BRASIL

HOLANDA – Van Veenendaal; Wilms, Van der Gragt, Nouwen e Janssen; Roord, Vand de Donk e Groenen; Van de Sanden (Beerenstein), Miedema (Pelova) e Martens. Técnica: Sarina Wiegman.

BRASIL – Bárbara, Bruna Benites, Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Angelina), Andressinha, Duda (Andressa Alves) e Marta (Geyse); Bia Zaneratto (Ludmila) e Debinha. Técnica: Pia Sundhage.

GOLS – Miedema, aos 2, e Debinha, aos 15 minutos do primeiro tempo; Miedema, aos 13, Marta, aos 19, Ludmila, aos 22, e Janssen, aos 33 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Van der Gragt e Roord (Holanda); Ludmila (Brasil).

ÁRBITRA – Kate Jacewicz (Fifa-Áustria).

LOCAL – Miyagi Stadium, em Miyagi (Japão).

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