Dias difíceis os que vivemos, todos nós. Pandemia longa, sofrida e letal. Crise financeira, crise institucional, pessoas cada vez mais ‘cheias de razão’, briguentas, agressivas, uma animosidade fora do comum, dentro e fora das redes sociais, que, aliás, tinham a proposta de aproximar as pessoas, diminuir as distâncias e facilitar o diálogo.
Não é raro conhecermos pessoas próximas de nós sofrendo, passando por inúmeros problemas, tendo dificuldade para achar a ‘luz no fim do túnel’. É claro que nada disso é problema nosso, nem nos diz respeito, entretanto passarmos pelo sofrimento alheio sem nos importar, pode ser a diferença entre auxiliar a diminuí-lo ou colaborar para que o mesmo se mantenha.
“Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.” William Shakespeare
Na maior parte das vezes a ajuda pode vir sob a forma de um ombro amigo, uma escuta afetuosa, uma palavra de carinho, nem sempre é necessário que se ofereça mais do que isso. O sofrimento faz-nos sentir sozinhos, desamparados, amedrontados, tristes e quando alguém nos escuta, nos acolhe, nos dá carinho e afeto o problema pode não desaparecer, mas nós sentimo-nos amparados, acolhidos, cuidados, amados e não custa nada.
Quem oferece carinho, afeto, escuta, cuidado também sente-se bem, pois é uma troca, além da sensação de estar sendo amparo para alguém, a pessoa sente o carinho e o afeto do outro. Sente o quanto é importante na vida desta pessoa, em um momento difícil.
Como diz a canção: “Fica sempre, um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas, nas mãos que sabem ser generosas. Dar do pouco que se tem ao que tem menos ainda, enriquece o doador, faz sua alma ainda mais linda Dar ao próximo alegria, parece coisa tão singela, aos olhos de Deus, porém, é das artes a mais bela” Judite Junqueira Vilela
Que possamos facilitar o sorriso de alguém, reduzir suas dores, que possamos estar próximos para amparar quem sofre e que possamos colher os bons frutos de nossa ação carinhosa.
Que não nos falte carinho, amor, amizade, escuta, apoio e amparo e que não deixemos de oferta-los também.
Encerro a coluna de hoje com um convite a reflexão: “Cada vez que você estende a mão e toca um coração ou uma vida, o mundo se transforma…” A Cabana