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Segurança que asfixiou cliente de mercado é denunciado por homicídio intencional

Dois seguranças particulares que prestavam serviço no hipermercado Extra situado na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio) foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por homicídio doloso (intencional), qualificado pelo emprego de asfixia, pela morte de Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga, de 25 anos, que estava no mercado com a mãe, em 14 de fevereiro passado. A pena prevista para o crime, se houver condenação, é de 12 a 30 anos de reclusão.

Segundo a denúncia, divulgada nesta quinta-feira, 27, Davi Ricardo Moreira Amâncio estrangulou a vítima, causando-lhe as lesões que provocaram sua morte. Edmilson Felix Pereira foi denunciado pelo mesmo crime, devido à conduta omissa. Segundo o MP-RJ, ele apenas observou a conduta de Amâncio, quando, na condição de vigilante do estabelecimento, deveria ter tentado impedir o crime cometido pelo colega.

De acordo com a denúncia, a morte ocorreu por asfixia. Mesmo depois de dominar o cliente, o vigilante continuou a aplicar o movimento que impedia a vítima de respirar, o que acabou causando as lesões descritas no laudo da necropsia e que foram a causa de sua morte.

O caso

Gonzaga estava no mercado com a mãe, Dinalva Santos de Oliveira, quando repentinamente correu em direção aos seguranças. Desarmado, ele foi imobilizado e acabou asfixiado por Amâncio, enquanto Pereira observava. Socorrido, o cliente chegou vivo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra da Tijuca, onde recebeu os primeiros socorros. Mas ali sofreu três paradas cardiorrespiratórias e morreu.

“O menino provavelmente teve um surto, saiu correndo, o segurança correu atrás, derrubou o garoto no chão e o imobilizou Pedro estava desarmado, não tentou pegar a arma do segurança nem oferecia nenhum risco que justificasse aquela reação”, afirmou dias após o crime o advogado Marcello Ramalho, que representa a família da vítima.

Inicialmente o caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção) pela Polícia Civil. Amâncio foi preso em flagrante, pagou fiança de R$ 10 mil e foi autorizado a responder à acusação em liberdade. A reportagem não conseguiu contato com representantes dos dois seguranças denunciados, até as 16h45 desta quinta-feira.

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