Ícone do site Rápido no Ar

Secretário de Saúde de Piracicaba cita mudanças em procedimentos na rede municipal após o Caso Jamilly

Foto: Divulgação/Câmara Piracicaba

Após a morte da menina Jamilly Vitória Duarte, de cinco anos, em agosto do ano passado, depois que ela foi picada por um escorpião, a Secretaria de Saúde de Piracicaba (SP) adotou mudanças nos procedimentos da rede municipal, para os atendimentos de casos de picada de escorpião.

O anúncio sobre as mudanças foi feita nesta sexta-feira (23), pelo secretário Augusto Muzilli Junior, durante depoimento prestado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), na Câmara de Vereadores, a qual apura se houve negligência no atendimento à criança.

O Caso Jamilly, segundo divulgado na época pelo Rápido No Ar, ficou conhecido pelo fato de, durante atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), Vila Cristina, não ter sido ministrado o soro antiescorpiônico porque, segundo teria sido dito para a mãe, não havia o medicamento no local.

A UPA é referência para esse tipo de acidente. A comissão cobrou do titular da pasta maior rigor no acompanhamento de contratos, como o de gerenciamento da UPA pela OSS (Organização Social de Saúde) Mahatma Gandhi.

A CPI é composta pelo presidente, vereador Acácio Godoy (PP), pelo relator, vereador Gustavo Pompeo (Avante) e pelos membros vereadores Cássio Luiz Barbosa (PL), o Cássio Fala Pira, Pedro Kawai (PSDB) e Paulo Camolesi (PDT).

Em seu depoimento, o secretário Muzilli foi acompanhado pelo procurador jurídico do município, Guilherme de Mônaco, e pelo atual subsecretário da Saúde, Marcelo Carvalho. Quando da morte da menina, ele atuava como subsecretário e disse que soube do caso pelo então secretário Douglas Koga.

Muzilli alegou que uma sindicância foi aberta pela Prefeitura, para investigar o caso, que ele não tem interferido nas investigações e apenas tem fornecido as informações requisitadas pela corregedoria. Lembrou também as outras investigações em andamento, conduzidas pelo Ministério Público e órgãos de classe.

O depoente disse ainda que não esteve presente durante o atendimento à criança e não quis afirmar se houve erros no procedimento. O atual secretário colocou que a Secretaria reforçou as normatizações sobre o atendimento de acidentes com escorpião e que as medidas cabíveis serão adotadas após o resultado da sindicância, além de ter recomendado à OSS que promova reciclagens periódicas dos profissionais sobre os padrões de atendimento.

Segundo o secretário foram atendidos, na mesma unidade, 378 casos de picadas de escorpião desde julho do ano passado, dos quais 38 envolveram crianças menores de 10 anos.

teste
Sair da versão mobile