O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira no CT Joaquim Grava, em São Paulo, para explicar o ofício enviado para a Federação Paulista de Futebol (FPF), à Polícia Militar e ao Ministério Público. “Se quebrar o vidro não entra no campo. Não joga. Acabou, pode dar W.O., fazer o que quiser. Por isso que estou avisando antes. Tem alguém no Brasil que desconhece esse fato. Se quebrar não vai jogar. Não vai entrar em campo. Não é problema do Corinthians”, afirmou.
Na última quinta-feira, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP), Antonio Olim, disse ao Estado que se o Corinthians não entrar em campo perderá por W.O.. Andrés ignorou a ameaça e pediu um basta para uma situação que tem sido corriqueira na chegada ao estádio do Morumbi. Em 2017 e 2018, o ônibus corintiano foi apedrejado.
“Toda vez que vamos jogar lá o ônibus é apedrejado, algumas vezes quebrou; outras não. Sempre fomos muito bem tratados dentro do Morumbi. O problema é na chegada, que tem sempre uns imbecis que fazem isso”, complementou.
O mandatário fez questão de tirar a responsabilidade da Polícia Militar. “O Corinthians foi na reunião com o (Batalhão de) Choque. A polícia sempre deu segurança. A PM é a melhor para fazer o policiamento de futebol. Tem de acabar isso. Toda vez acontece”, comentou. Andrés vê a questão da violência no futebol relacionada com a situação do Brasil. “O futebol é reflexo do País. Se o País está violento, o futebol está violento. Cada cidadão tem de melhorar a si próprio. A culpa é nossa também, de todos”.
Em relação ao clássico, o presidente do Corinthians lembrou das fracas atuações de sua equipe para jogar a responsabilidade pela vitória para o outro lado. “Pelos três últimos jogos que fizemos e o que o São Paulo fez, o São Paulo é favorito. É a realidade”, finalizou.